Governo gastou apenas 13% com prevenção a desastres

Dos R$ 546,6 milhões previstos para 2009, apenas R$ 72,5 milhões foram aplicados até o último dia 10

30/09/2015 19h40
Governo gastou apenas 13% com prevenção a desastres
A8SE

Apesar das constantes tragédias climáticas que ocorrem anualmente no país - nos últimos dois anos com maior intensidade -, autoridades públicas dos três níveis (federal, estaduais e municipais) continuam desembolsando mais recursos com ações pós-desastres do que com medidas preventivas.

O governo federal, fonte de verba para todo território nacional, gastou apenas 13% do orçamento autorizado para o programa de "prevenção e preparação para emergências e desastres" este ano. Por enquanto, dos R$ 546,6 milhões previstos para 2009, apenas R$ 72,5 milhões foram aplicados até o último dia 10. É por meio desse programa que a União destina recursos para obras preventivas como contenção de encostas, canalização de rios e para ações de capacitação de agentes da Defesa Civil.

Só este ano, o governo federal decretou situação de emergência e estado de calamidade pública em 841 municípios brasileiros - quase 94 por mês. A ocupação desordenada dos municípios brasileiros é apontada pela Secretaria Nacional de Defesa Civil como uma das principais causas de enchentes no país.

A avaliação é de que se os esforços governamentais das três esferas ao longo das últimas décadas fossem maiores, com a adoção de medidas preventivas para evitar crescimentos urbanos sem planejamento, os impactos seriam menores.

Enquanto isso, com o programa de "resposta aos desastres", que recebe recursos após a ocorrência dos problemas, o governo federal, por meio dos ministérios da Integração Nacional, Defesa e Agricultura, já gastou R$ 1,1 bilhão este ano (68% da dotação anual), montante quase 15 vezes superior ao aplicado com o programa de prevenção. A rubrica conta com ações de socorro às pessoas atingidas, reabilitação dos cenários afetados com o restabelecimento da normalidade, auxílio emergencial financeiro, entre outras.

Fonte: Contas Abertas

 

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