
Ederson de Manoel
Empreendedor serial com especialização em growth marketing, desenvolvimento de produtos digitais, tecnologias no-code e inteligência artificial.
O que é Vibe Coding?

O que é Vibe Coding?
Nos últimos tempos, tenho percebido um movimento silencioso, quase intuitivo, ganhando força entre criadores digitais, devs independentes e makers de produtos: o vibe coding.
Sim, eu sei… esse termo ainda não está nos manuais da academia, mas a verdade é que ele descreve algo real, visceral e profundamente conectado com a forma como uma nova geração está criando tecnologia: sem seguir padrões rígidos, sem medo de errar, e guiada muito mais pela sensação do que pela obrigação.
Mas afinal, o que é vibe coding?
Vibe coding é a prática de programar (ou construir produtos digitais) guiado pela emoção, inspiração e intuição do momento.
Não é sobre seguir specs frias, nem sobre esperar a sprint da semana que vem. É sobre estar com uma ideia fervendo na cabeça e colocar pra fora em forma de protótipo, app, automação, site, bot — o que for — usando as ferramentas que estiverem mais à mão.
É o código como forma de expressão criativa.
É quando você junta música + IA + automações + um front bonitinho num fim de semana só porque aquilo te pegou de jeito.
É quando você constrói um MVP em uma noite e, ao invés de um pitch deck, você mostra um link funcionando.
Vibe coding ≠ código tradicional
No mundo tradicional, o código precisa ser limpo, escalável, testado, revisado, homologado.
No vibe coding, ele só precisa existir. Precisa provocar. Precisa funcionar minimamente.
É o “build fast, feel good”.
É o “faça antes de saber se vai dar certo”.
E aqui entra um ponto que talvez seja o mais importante:
vibe coding não é sobre entregar o produto final. É sobre construir o caminho até ele.
Ferramentas que potencializam esse movimento
Hoje, com o avanço das ferramentas no-code e low-code, esse tipo de prática virou quase inevitável.
Eu, por exemplo, consigo criar um app inteiro com:
- Glide ou Softr para montar um front em minutos;
- Airtable ou Baserow como banco de dados rápido;
- Make ou Zapier conectando tudo com lógica;
- ChatGPT + agentes autônomos para personalizar experiências com IA;
- Figma para dar vida visual ao que antes era só wireframe mental.
E o mais curioso: o vibe coding tem menos a ver com saber programar, e mais com saber sentir.
Exemplos reais:
@levelsio, criador do NomadList e do RemoteOK, é talvez o maior expoente do vibe coding. Ele constrói produtos literalmente em tempo real, enquanto conversa com sua audiência no X (Twitter). Vende, testa e mata ideias em dias.
Guilherme, da Lobe Agency, criou um SaaS de personal trainer com IA e vendeu antes mesmo de programar o backend. Tudo com Webflow, Notion e vídeos no TikTok.
Eu mesmo já vi ideias que saíram de uma conversa de bar virar landing page validada com lead real em menos de 24h.
E o mercado?
O mercado está mudando.
Empresas estão cada vez mais abertas a testar soluções criadas de forma rápida, iterativa e autêntica.
Tem startup contratando não só portfólio, mas repertório criativo. Querem saber o que você criou no fim de semana. Querem entender seu processo mental. Querem ver aquele projeto paralelo que você nem achava que contava.

No mundo do vibe coding, o side project virou currículo.
.Minha visão de futuro.
Acredito que nos próximos anos, vamos ver:
- Plataformas inteiras projetadas para suportar construção “em flow”, como se fossem Ableton Live do desenvolvimento digital.
- Agentes de IA colaborando em tempo real com criadores para gerar interfaces, lógica e conteúdo com base em sugestões soltas, em estilo brainstorm.
- Um GitHub paralelo, mais livre, mais estético, mais emocional. Onde subir um projeto é quase como postar no Behance.
E, talvez, o mais radical de tudo: uma nova geração de devs-artistas.
Pessoas que não codam só para resolver problemas, mas para explorar sensações, ideias e experiências.
Se você já se pegou criando um app “só por diversão” numa madrugada, sem saber se alguém iria usar… parabéns. Você já é parte do movimento.
Vibe coding não é uma metodologia. É uma atitude.
É sobre colocar o coração no código — mesmo que, às vezes, ele seja feio, quebrado e provisório.
Mas é seu. É real. E vibra.
Lista de Ferramentas
Organizei por categorias, com um toque de opinião e provocação 👇
🚀 Plataformas para construir interfaces rápido (sem perder o estilo)
- V0.dev – A queridinha da galera vibe coder. Você digita o que quer e ele gera o front em React + Tailwind. Dá match com devs visuais e cria componentes lindos.
- Webflow – Um clássico. Permite criar sites sofisticados com cara de agência de branding. Ideal pra quando a estética importa tanto quanto a funcionalidade.
- Softr – Monta apps web completos sobre Airtable ou Google Sheets. Prático, leve e ótimo para MVPs com visual limpo.
- Glide – Simples, direto e poderoso. Cria apps mobile ou web usando planilhas como backend.
- Builder.io – Para quem quer brincar de CMS visual com controle total sobre o layout. Super potente com integração a frameworks modernos.
⚙️ Automação e lógica sem complicação
- Make (ex-Integromat) – Visual, criativo e com liberdade. Ideal para quem quer "brincar" com APIs, dados e fluxos em tempo real.
- Zapier – Mais mainstream e simples, mas perfeito para criar automações básicas em minutos.
- Pipedream – Para quem quer vibe coding com APIs + JS. Meio caminho entre código e no-code. Delícia pra quem curte brincar com integrações.
🧠 Inteligência Artificial como co-piloto criativo
- ChatGPT + Custom GPTs – Não é só um chatbot. É uma fábrica de dev. Usa pra gerar código, ideias, fluxos ou interfaces. Te ajuda até quando você não sabe o que quer.
- Lovable.so – Geração de produtos com IA. Você descreve, ele cria um app inteiro com front + backend. Tipo um “builder AI” para makers com pressa.
- Spellbook – Para quem quer vibe code até nos contratos. IA que escreve e interpreta documentos legais. Bom pra founders solo.
🧱 Banco de dados simples e prontos pra rodar
- Airtable – É o Excel com superpoderes. Funciona como backend de apps no-code. Perfeito pra projetos que nascem em planilhas.
- Baserow – Alternativa open source ao Airtable. Ideal pra quem quer ter controle total e ainda vibe codear com API aberta.
- Xano – Backend com banco de dados, lógica e APIs prontos. Quando seu projeto vibe começa a ficar mais parrudo.
🧩 Outros tesouros do vibe coder
- Tally.so – Formulários com cara de Notion. Útil pra validar ideias rápido e coletar leads/testes com zero esforço.
- Framer – Constrói sites ultra estéticos com animações suaves. Perfeito pra vibe coders com olho em design.
- Notion + Super – Dá pra fazer landing pages incríveis só com Notion. Pra aquele MVP de madrugada.
🧪 Ambientes de experimentação
- Replit – Codar no navegador com colaboração em tempo real. Serve tanto pra dev raiz quanto pra vibe coding puro.
- CodePen – Um parquinho de front-end. Ótimo pra testar ideias visuais, animações ou pequenos scripts.
- Suno.ai – IA que cria músicas. Porque vibe coding também é sobre criar som, clima, contexto. Código também pode dançar.
💭 Bônus: ferramentas para mood, foco e flow
- Figma – Quando você quer prototipar sem compromisso. Sketchs rápidos viram interfaces reais depois.
- Lofi.co – Sons de fundo para entrar no flow. A vibe começa pelo ouvido.
- Muse – Mapeamento visual de ideias. Para capturar aquele momento de epifania antes que ele fuja.
No fim das contas, vibe coding é mais do que uma tendência — é um chamado.
Um convite pra lembrar que tecnologia também é arte, que produto também é poesia, e que nem toda grande ideia nasce de um briefing bem escrito.
Às vezes, ela nasce de uma inquietação.
De um beat que não sai da cabeça.
De uma vontade súbita de colocar algo no mundo, mesmo que ninguém tenha pedido.
Não é sobre perfeição. É sobre pulsação.
É sobre dar play antes de saber o final.
É sobre criar com o que se tem — e confiar que o resto vem depois.
Se você sentir a vibe, segue ela.
Porque quem constrói com o coração, mais cedo ou mais tarde, acaba tocando outros corações também.
Agora é com você. Bora codar o que ainda não existe.
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