
Economia e Inovação
Por: Sudanês B. Pereira

O Estágio Atual e Futuro do Uso de Tecnologias Emergentes (5G e IoT)
A Ernst & Young Global (EY) divulgou a pesquisa “Envisioning 5G-enabled futures: helping enterprises turn imagination into reality”. A pesquisa foi realizada em fevereiro e março de 2021, com empresas de vários setores, e fornece informações e recomendações sobre o estado atual e futuro do uso de 5G e IoT pelas empresas.
Cerca de 35% das empresas pesquisadas estavam nos Estados Unidos, 20% no Reino Unido, 12% na Alemanha, e o restante na Índia, França, Austrália, China, Japão, Suiça, Emirados Árabes Unidos e Áustria. Em torno de 17% pertenciam ao setor de tecnologia, 15% do setor de produtos de consumo e varejo, 14% da indústria, 12% vinculadas às ciências da vida e 11% eram dos setores de energia, mineração e serviços públicos, setor financeiro, automotivo e transporte, e governo.
PRINCIPAIS RESULTADOS DA PESQUISA
1.ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS EMERGENTES
As empresas estão acelerando a sua transformação digital diante das pressões causadas pela pandemia e buscando se reinventar para competir no mundo pós-pandemia. A pesquisa confirma que várias tecnologias emergentes estão ganhando força crescente. O gráfico 1, ilustra o resultado da pergunta “Em qual das seguintes tecnologias emergentes sua organização está investindo?” 64% responderam que investem em análises de dados e inteligência artificial (IA), 61% responderam que estão investindo em robótica e automação, seguido pela computação de borda [42%] e IoT [37%]. Segundo a EY, análises de dados e IA e robótica e automação são as tecnologias mais maduras dessa nova onda de tecnologias emergentes.
De acordo com a pesquisa, as maiores proporções de investimento planejado em tecnologias emergentes nos próximos três anos estão sendo alocadas para 5G e computação de ponta, indicando que o 5G está subindo no ranking de prioridades corporativas. Por outro lado, as intenções gerais de investimento atuais e planejadas estão caindo para algumas tecnologias, principalmente a realidade aumentada (RA) e a realidade virtual (RV). Ver o gráfico abaixo.

A pesquisa também revelou que o crescente investimento em tecnologias emergentes representa mais de 10% do gasto total em tecnologia da informação e comunicação (TIC) para 57% das organizações pesquisadas. Do ponto de vista regional, as empresas nas Américas estão atualmente liderando a onda de investimentos em 5G, mas as intenções de investimento entre as empresas da Ásia-Pacífico são as mais altas no médio prazo. Ver o gráfico 2.

2. IOT & 5G: DRIVERS E CASOS DE USO
A pesquisa abordou junto às empresas qual seria a demanda por IoT baseada em 5G, ou, quais seriam ou são, os cenários de aplicações de IoT baseados em 5G mais significativos para a empresa. O gráfico abaixo ilustra alguns dos principais clusters de uso 5G-IoT que estão “in play”. Há um foco crescente em aplicações de monitoramento ou controle, gerenciamento da cadeia de suprimentos e otimização de sistemas e processos. Ao mesmo tempo, o interesse em aplicações 5G de VR e AR e vídeo ultra-HD diminuiu. Ver o gráfico abaixo.

3. IOT & 5G: PRIORIDADES CORPORATIVAS
As prioridades reveladas na pesquisa destacam a importância de uma abordagem holística para a adoção de tecnologias emergentes, em especial 5G e IoT. Os planos das empresas estão focados em obter a capacidade de aproveitar essas tecnologias em combinação umas com as outras – e com outras tecnologias emergentes.
As empresas estão priorizando rever os planos de investimentos em função dos impactos do 5G nos futuros modelos de negócios, além de avaliar as vantagens do 5G em relação às tecnologias de conectividade, e abordar os riscos de segurança cibernética com o 5G. Ver o quadro 1.

Do ponto de vista regional, as empresas europeias atribuem uma prioridade menor à exploração do relacionamento do 5G com outras tecnologias emergentes, enquanto as empresas da região Ásia-Pacífico são relativamente menos sensíveis aos riscos de segurança cibernética.
4. OS ECOSSISTEMAS E AS EMPRESAS
Sabemos que os ecossistemas colaborativos ajudam as empresas a acelerar a inovação e a acessar novas habilidades, que permitem melhorar suas competências. A pesquisa mostrou que 67% das empresas eram participantes ativas de ecossistemas, sendo as organizações da Ásia-Pacífico [85%] as mais receptivas, as empresas das Américas também tinham essa concepção [71%], mas as empresas europeias eram menos envolvidas [59%].
Considerando os setores envolvidos na colaboração por meio de ecossistemas, o de tecnologia lidera, com 78% das empresas afirmando participar de ecossistemas, seguido de produtos de consumo e serviços financeiros. Ver o gráfico 4.

Porém, a pesquisa também revelou que alguns fatores inibem a capacidade das empresas participarem da colaboração em ecossistemas. A principal barreira identificada foi a falta de alinhamento estratégico entre os participantes, um impedimento citado por 39% dos entrevistados em todo o mundo, enquanto a baixa priorização da liderança é outra restrição importante. Também foram mencionados, a falta de métricas de desempenho e a gestão inadequada das relações do ecossistema.
Por outro lado, os princípios de inovação aberta são amplamente aceitos entre as empresas – e é provável que aumentem sua exposição a ecossistemas colaborativos à medida que buscam conhecimento e experiência em 5G e IoT, além dos limites do setor. No entanto, a maioria das organizações ainda não prioriza o envolvimento do ecossistema, mesmo que já colabore dessa maneira.
O relatório da EY é um farol que aponta caminhos sobre como as empresas estão se adaptando para o uso das tecnologias emergentes, em especial 5G e IoT.
Boa semana!
Sobre o blog
Economista, com formação na Universidade Federal de Sergipe (UFS), Mestre em Geografia (desenvolvimento regional) e Especialista em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Experiências no setor governamental (municipal e estadual), setor privado (Associação Comercial Empresarial de Sergipe - ACESE e Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo - Fecomércio), foi professora substituta no Departamento de Economia na UFS, pesquisadora e uma das fundadoras do Núcleo de Propriedade Intelectual, hoje Cintec-UFS.
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