
Economia e Inovação
Por: Sudanês B. Pereira

Investimentos em Energias de Baixo Carbono aumentarão em 2023
Os gastos com projetos de energia de baixo carbono aumentarão em US$ 60 bilhões este ano, 10% a mais que em 2022, liderados por desenvolvimentos em eólicas. Este é o resultado da pesquisa feita pela Rystad Energy. Os investimentos em setores verdes aumentaram 21% em 2022, ultrapassando os gastos relacionados com petróleo e gás pela primeira vez.
A Rystad Energy, empresa independente de pesquisa em energia e inteligência de negócios, prevê que o investimento em indústrias de baixo carbono, que inclui energia nuclear ao lado de renováveis tradicionais, atinja US$ 623 bilhões em 2023 - quase US$ 60 bilhões em relação aos US$ 566 bilhões do ano passado. Os cálculos da Rystad consideram os segmentos de serviço que incluem equipamentos e materiais de projeto, engenharia e construção, poços, operações e manutenção, logística e embarcações.
De longe, a energia solar e eólicas onshore crescem substancialmente. Os investimentos globais em energia solar foram de US$ 116,39 bi em 2019, com projeções de chegar a US$ 250,4 bi em 2023. De acordo com a Rystad, graças à queda no custo do polissilício, o principal fator de custo das células fotovoltaicas solares, o crescimento da capacidade será mais substancial do que os investimentos em dólares sugerem. A capacidade instalada deverá chegar a 1.250 gigawatts (GW) e crescer cerca de 25%. Já os investimentos em eólicas onshore devem alcançar US$ 229,24 bi em 2023, em 2019 os investimentos foram de US$ 111,63 bi. Vale destacar também o aumento dos investimentos em eólica offshore, que em 2023 deve alcançar US$ 47,93 bi. Para efeito de comparação, em 2019 foram investidos US$ 23,71 Bi. Ver o gráfico abaixo.

Investimentos em Energias de Baixo Carbono por Região (2022-2023)
Segundo o comunicado de imprensa da Rystad, a localização dos projetos confirmados este ano mostra que a África deve atrair o maior crescimento de investimento em energias de baixo carbono, com um aumento de 26%, impulsionado principalmente por projetos eólicos onshore no Egito. A Austrália ocupa o segundo lugar com crescimento de 23% e expansão em quase todos os setores.
Ao lado dos EUA, a China será um dos principais impulsionadores do aumento dos gastos este ano, pois persegue sua meta de instalar 1.200 gigawatts de capacidade eólica e solar até 2030. O crescimento asiático de 12% é fortemente impactado pelas ambições da China em energia solar e eólica, enquanto um aumento em renováveis e infraestrutura de captura, utilização e armazenamento de hidrogênio e carbono (CCUS) ajudarão a impulsionar os investimentos da América do Norte em 9% este ano.
A Europa é desafiada por uma inflação alta e uma cadeia de suprimentos regional em crise, resultando em um crescimento de investimento projetado de 7% – muito abaixo do ritmo necessário para atender às ambições do REPowerEU da União Europeia - plano da Comissão Europeia para tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos muito antes de 2030. Ver o gráfico 2.

Considerando os investimentos de baixo carbono na América Latina, percebe-se uma estabilidade dos investimentos em energia solar - US$ 8,99 bi (2022), US$ 8,88 bi (2023); assim como em eólica onshore - US$ 10,83 bi (2022), US$ 10,88 bi (2023). Espera-se uma pequena redução nos investimentos vinculados a hidrelétricas - US$ 3,73 bi (2022), US$ 3,52bi (2023).
No total, estão previstos investimentos em energias de baixo carbono na América Latina no valor de US$ 24,27 bilhões em 2023, valor um pouco menor que em 2022 - US$ 24,43 bilhões. Ver o gráfico 3.

A energia é essencial para a economia do século XXI. A promoção de novas tecnologias e de fontes de energia que produzem baixos níveis de emissões de gases do efeito estufa são cruciais para um desenvolvimento mais sustentável. A energia, mais do que nunca, é a chave para o desenvolvimento e a estabilidade política. Um novo equilíbrio de poder global está em construção.
Sobre o blog
Economista, com formação na Universidade Federal de Sergipe (UFS), Mestre em Geografia (desenvolvimento regional) e Especialista em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Experiências no setor governamental (municipal e estadual), setor privado (Associação Comercial Empresarial de Sergipe - ACESE e Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo - Fecomércio), foi professora substituta no Departamento de Economia na UFS, pesquisadora e uma das fundadoras do Núcleo de Propriedade Intelectual, hoje Cintec-UFS.
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