
Economia e Inovação
Por: Sudanês B. Pereira

Compras Globais de software devem atingir US$ 1 trilhão em 2023
A Gartner divulgou em março o relatório global “2023 Global Software Buying Trends - Actionable insights on B2B buyer behavior and how software providers need to adapt.”.
Os resultados apresentados são baseados em uma pesquisa de tendências de compradores de pequenas e médias empresas da Gartner Digital Markets, realizada de forma on-line, no período de setembro de 2022 a outubro de 2022, com 1.513 líderes empresariais de pequenas e médias empresas, com receita inferior a US$ 1 bilhão e tamanho de 2 a 999 funcionários. As empresas que participaram da pesquisa eram dos setores de serviços financeiros, manufatura, saúde, TI, marketing e varejo. A pesquisa abrangeu cinco países - Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e França.
Destaques do relatório
Crescimento do mercado de software e Tendências globais de compra de software
Os gastos mundiais de TIOs gastos mundiais de TI têm projeção de crescimento para alcançar uma receita total no valor de US$ 4,6 trilhões em 2023, um aumento de 5,1% em relação a 2022, de acordo com a última previsão da Gartner, Inc.
Dos segmentos analisados, o setor de software será o único a ter um crescimento de dois dígitos em 2023 - estimado em 11 % sobre ano anterior. Em outubro de 2022, o setor de software estava avaliado em US$ 879 bilhões, tornando-se o segmento de crescimento mais rápido no mercado de TI. Espera-se que a demanda por TI em 2023 seja forte à medida que as empresas avançam com iniciativas de negócios digitais. Se a projeção de crescimento se confirmar, o setor de software passará a barreira do US$ 1 trilhão em 2023, pela primeira vez. Ver a tabela abaixo.

De acordo com a pesquisa, a disposição das empresas em adotar tecnologia aumentou nos últimos dois anos. Os resultados sugerem que quase 70% das pequenas e médias empresas planejam gastar mais do que em 2022 em tecnologia e software em 2023, 69% das empresas estão trocando seus softwares mais frequentemente desde 2021. Ver o gráfico abaixo.

Em relação às compras de software por categoria/segmento, o relatório revela que mais da metade (55%) das empresas compraram arquitetura de TI e software de segurança em 2022. As empresas também compraram mais softwares de help desk e suporte de TI (+ 11%), como também mais softwares de inteligência de negócios e análise de dados (+ 12%) do que em 2021. Ver o gráfico 2.
Para a Gartner, o aumento nessas categorias mostra a importância que as empresas em crescimento atribuem à construção de uma base forte e segura para suas operações digitais, priorizando o suporte à produtividade dos funcionários e rastreando e analisando dados de negócios para otimizar o desempenho.

Por que as empresas estão procurando por software?
Segundo o relatório, melhorar a produtividade é a principal motivação para a compra de software. Os líderes de negócios entrevistados pela Gartner compartilharam que o aumento da produtividade (37%) foi o principal motivo pelo qual compraram um novo software nos últimos 12 meses. Além disso, eles também procuraram comprar um novo software para atender às preocupações com segurança e ataques cibernéticos (30%), expandir as ofertas de produtos (27%) e atingir novos segmentos de clientes (26%). Ver a figura 1.

As empresas procuram aconselhamento especializado
De acordo com a pesquisa, um terço das empresas pesquisadas busca orientação de analistas e especialistas do setor (33%). No entanto, estas não são as únicas fontes de informação das empresas.
As empresas também buscam informações por meio de consultas gratuitas com analistas de software ou especialistas (29%), sites ou revistas de associações profissionais ou comerciais (28%), testes de produtos (28%) e feedback com pares e colegas (28%). Ver figura 2.

As empresas desejam aprimorar os recursos tecnológicos existentes
A pesquisa revela também que há uma tendência crescente entre as empresas de fazer atualizações regulares em suas soluções de tecnologia atuais. Mais de dois terços dos entrevistados (69%) estão substituindo ou modificando o software com mais frequência desde o início de 2021. Isso destaca como é importante para os fornecedores de software oferecer uma variedade de oportunidades de atualização aos compradores.
Além disso, a maioria dos entrevistados (55%) planeja ampliar sua licença de software para gerenciar mais projetos ou tarefas, e 50% planeja atualizar seu software para obter mais funcionalidades. Ver a figura 3.

E o hardware?
O relatório da Gartner sobre o mercado de TIC aponta que o setor de dispositivos digitais (PCs, tablets, smartphones, etc.) encolherá 8,6% em 2023, comparado com 2022, ano em que já tinha encolhido 6,4%. O segmento de dispositivos está passando por um de seus piores anos de crescimento já registrados.
Para a Gartner, os gastos com hardware só vão voltar aos níveis de 2021 em 2026. No levantamento específico sobre PCs, referente ao segundo trimestre de 2023, a consultoria aponta estabilização, depois de sete trimestres consecutivos de queda, mas a retomada é lenta.
Principais Insights para ficar atentos
[1] Mais de dois terços dos líderes empresariais planejam aumentar seus gastos com software para atingir suas metas de crescimento em 2023.
[2] O relatório revela que a maneira como as empresas compram software mudou fundamentalmente. Mais compradores estão realizando suas pesquisas on-line antes de visitar o site de qualquer fornecedor.
[3] Os fornecedores de software devem esperar mudanças na forma como as empresas compram tecnologia em 2023.
[4] É necessário antecipar mudanças no comportamento de compra e adaptar sua estratégia para inspirar confiança e fechar mais negócios em 2023.
Excelente semana!
Sobre o blog
Economista, com formação na Universidade Federal de Sergipe (UFS), Mestre em Geografia (desenvolvimento regional) e Especialista em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Experiências no setor governamental (municipal e estadual), setor privado (Associação Comercial Empresarial de Sergipe - ACESE e Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo - Fecomércio), foi professora substituta no Departamento de Economia na UFS, pesquisadora e uma das fundadoras do Núcleo de Propriedade Intelectual, hoje Cintec-UFS.
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