Diagnóstico precoce e tratamento correto podem retardar progressão do Alzheimer

Por Secretaria de Estado da Saúde (SES) 21/09/2020 17h28
Diagnóstico precoce e tratamento correto podem retardar progressão do Alzheimer

Dia 21 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Alzheimer, que é um transtorno neurodegenerativo progressivo e se manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometendo as atividades de vida diária e alterações de comportamento. A data serve como um alerta para a conscientização da sociedade, quanto a importância da prevenção, um diagnóstico precoce, o tratamento correto para retardar a progressão da doença e o cuidado ofertado, além do apoio dos familiares, como explica a médica geriatra e preceptora da Clínica Médica no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Juliana Santana.

“O tratamento tem o objetivo de retardar a progressão da doença, melhorar os sintomas e deixar a pessoa o mais funcional possível, melhorando a sua qualidade de vida. A gente divide o tratamento com medicação e outro com reabilitação física, neuropsicológica, atividade mental para tentar fazer uma reserva com compensações de algumas perdas de neurônios. Para os que fazem o tratamento, a gente observa uma evolução mais lenta, uma facilidade melhor do familiar lidar com ele, melhora de comportamento. O que não é tratado, a gente observa que evolui mais rápido, existe o conflito familiar por não saber lidar”, ressaltou a médica.

Muitas vezes os sintomas são confundidos como normal do envelhecimento, mas é importante estar atento. O esquecimento é o principal deles e chama mais atenção. “O esquecimento de fatos recentes, a pessoa começa a ficar repetitiva, está conversando e esquece o que vai falar ou a palavra que quer dizer. Esquece o fogão ligado, a torneira, janelas e portas abertas, apresenta dificuldades, por exemplo, sempre fez a feira de mercadinho e agora precisa usar lista de compras, dificuldade em senha de banco, esses são alguns sinais pequenos, dificuldade de apresentar coisas novas, mas que atrapalham o seu dia a dia”, enfatizou Juliana Santana.

O apoio e a presença da família é muito importante para o paciente que tem Alzheimer, pois ele não tem a percepção de que tem a doença por já estar comprometido. “O paciente não compreende o que está acontecendo com ele e acha que é uma pessoa normal, então o familiar precisa buscar ajuda, precisa ser um pouco mais firme, pedir apoio para saber lidar, como criar uma rotina para aquele paciente, a doença na verdade é uma doença da família, por isso, é preciso que os familiares estejam todos juntos, a fim de manter a qualidade de vida de todos”, explicou a médica.

Para saber se a pessoa tem Alzheimer, é necessário a realização de uma avaliação clínica e uma neuropsicológica que é uma bateria de testes feito por especialista, exames de laboratórios para afastar outras causas irreversíveis como deficiência vitamínica, infecções, entre outras e um exame de imagem para avaliar também causas secundárias e observar o tamanho das áreas da memória como é o caso do hipocampo.

“O que a gente orienta é que façam treino cognitivo, crie reserva, trabalhe o cérebro, faça atividade física, tenha uma boa alimentação, durma bem. Cuidando disso você já consegue prevenir ou retardar bastante o aparecimento da doença”, finalizou a geriatra Juliana Santana.

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