Em Aracaju, 25 bairros estão com médio risco de infestação do Aedes
Aracaju voltou a registrar uma queda significativa no índice de infestação do Aedes aegypti. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (13) pelo prefeito Edvaldo Nogueira, em coletiva de imprensa que apresentou os resultados da 5ª avaliação epidemiológica realizada na capital sergipana em 2019.
Segundo o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), o município passou de 2,6 (em julho) para 1,4, em setembro, demonstrando uma queda de 46%, comparada à análise anterior. Com isso, Aracaju se enquadra, hoje, entre as cidades com médio risco de surtos de doenças transmitidas pelo mosquito.
Este é melhor resultado registrado na capital após ter sido colocado em prática, pela gestão municipal, o Plano de Intensificação de Combate ao Aedes aegypti. “Em julho, quando foi feito o levantamento, identificamos que Aracaju tinha subido de 1,8 para 2,6 no LIRAa. Naquele momento, convoquei a todos para intensificar as ações contra o mosquito em uma verdadeira força-tarefa. E nesta sexta, Aracaju voltou a registrar índices mais baixos, com 1,4 e se classificando como médio risco, o que é um grande avanço. Nenhum bairro da nossa capital está com alto risco de infestação e isso é fruto do trabalho que fizemos. Vencemos mais uma batalha, mas ainda estamos em guerra. A batalha continua”, destacou Edvaldo.
Na avaliação do gestor municipal, o trabalho intersetorial, envolvendo as secretarias e órgãos da Prefeitura, foi fundamental para os resultados obtidos. “Convoquei os secretários antes de colocarmos o plano em prática e o trabalho deu muito certo. Aproveito para parabenizar todas as equipes que se empenharam e se envolveram na ação, que contemplou toda a cidade. Envolvemos agentes de endemias, de limpeza, usamos tecnologia para monitorar as áreas, fizemos panfletagens, enfim, foi uma verdadeira mobilização”, detalhou.
Apesar da melhora nos índices, Edvaldo garantiu que as ações de intensificação continuam. “Existe uma guerra contra o mosquito e não baixaremos a guarda. Atuaremos em toda a cidade, mas vamos priorizar as áreas onde os índices ainda são relativamente altos, comparado a outras regiões. A campanha continua do mesmo jeito, com a mesma quantidade de pessoas envolvidas, mutirões semanais, visitas diurnas, noturnas, com monitoramento de terrenos privados, com tudo. Estou muito feliz com o trabalho dos órgãos municipais, dos nossos 180 agentes de endemias, mas volto a dizer: não vamos baixar a guarda”, assegurou.
O prefeito reforçou ainda que a população deve ser aliada da gestão na luta contra o mosquito. “O Município tem atuado, mas há uma parcela que não compete a nós e sim a população. Não adianta intensificarmos os trabalhos se os aracajuanos não se somarem. Somente com a ajuda de todos poderemos vencer. Comprovamos que 65% dos focos estão nas residências. Os agentes vão às casas, identificam, eliminam os criadouros, mas as pessoas precisam manter. Estamos atuando em todas as frentes, mas contamos com a consciência de todos. Sejamos mais rápidos. Vamos vencer essa guerra que é de todos”, convocou Edvaldo.
Queda significativa nos bairros
Os dados revelados no penúltimo ciclo de 2019 apontam que, atualmente, nenhum bairro de Aracaju está com alto risco de infestação. Dos 43 bairros, 18 estão com baixo risco (42%) e 25 com médio. Diferentemente do levantamento anterior, todas as regiões cujo o Índice Predial era superior a 4, apresentam redução. Foi o caso dos bairros Olaria (era 7,2; agora é 0,2), José Conrado de Araújo (era 7,2; agora está em 1,4), Industrial (caiu de 7 para 3,2), Santo Antônio (de 7 para 3,3) e Dom Luciano (de 4,1 para 2). Ou seja, não há mais na capital nenhuma localidade com alto risco, o que comprova a eficácia das ações de intensificação, que contaram com mutirões semanais e visitas noturnas alcançando mais de 10 mil imóveis.
Esta é a sexta semana consecutiva com queda de notificações de casos de dengue. Na última análise foram registrados 155,94 casos por 100 mil habitantes, o que, segundo os números usados como referência pelo Ministério da Saúde, enquadra a capital sergipana como média incidência. Até 100 casos por 100 mil habitantes a incidência é considerada baixa e, a partir de 301, alta (epidemia). Ao longo do ano, segundo os dados da Secretaria Municipal da Saúde, foram 2.416 casos notificados, 1.012 confirmados e quatro óbitos, sendo que, dos casos notificados, 54,8% deles foram em crianças menores de 14 anos.
“Estamos na sexta semana seguida em redução de casos notificados e confirmados, fruto deste trabalho de intensificação de combate ao mosquito, que iniciamos no final de junho. Todos os dias trabalhamos de maneira intensa, com os agentes nas ruas, com a Brigada Noturna, com os mutirões semanais nos bairros, e contando com o apoio de outras secretarias. A partir de agora, vamos focar nos bairros que ainda estão com índice elevado mesmo com a redução e intensificar o trabalho de planejamento das ações já pensando no próximo ano. Nosso foco é eliminar os criadouros domiciliares do mosquito para que tenhamos menos casos em 2020”, ressaltou.
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