Para reverter baixa cobertura vacinal, SES articula plano de ação

Por Ascom/SES 20/07/2018 18h39
Para reverter baixa cobertura vacinal, SES articula plano de ação
Ascom/SES

 A coordenadora de Atenção Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Mércia Feitosa, voltou de Brasília nesta sexta-feira, 20, com a missão de elaborar um plano de ação para reverter o cenário estadual da baixa cobertura vacinal em crianças de menos de cinco anos de idade, uma realidade que não é exclusiva de Sergipe, mas de contexto nacional.

Em contagem regressiva até a primeira semana de agosto, quando terá que apresentar o documento ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), a Coordenação de Epidemiologia pretende construir um plano transversal, contando com a participação da Atenção Básica, Imunização e dos municípios.

 A primeira reunião técnica já acontece na próxima semana, logo após ser feito o convite de participação ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Sergipe (Cosems), que na mesa de discussão estará representando os 75 municípios sergipanos.

 “O plano vai apresentar um diagnóstico da dinâmica da imunização em Sergipe, que será traçado a partir de um questionário que iremos aplicar com os municípios; vai revelar os problemas que contribuem para a baixa imunização; e propor medidas para solucionar e até eliminar os obstáculos que impedem que o Estado alcance a meta de cobertura vacinal”, explicou a coordenadora.

 A construção do plano de ação é fruto das discussões realizadas em Brasília nesta quinta-feira, 19, propostas pelo Conass, que reuniu em sua sede representantes dos Estados e do Ministério da Saúde nas áreas de epidemiologia e imunização, dois eixos que têm contribuído para derrubar os índices de vacinação no país centralizaram as discussões: estrutura e comunicação, segundo informou Mércia Feitosa.

 No quesito estrutura, as análises giraram em torno das instalações físicas das unidades de saúde, da queda no quantitativo de pessoas nas salas de vacina, da alta rotatividade de vacinadores e, em alguns casos, da baixa capacitação de profissionais nas salas de vacina. Ainda dentro deste item, foram discutidos os processos de trabalho das salas de vacina e de todos os profissionais envolvidos, a ausência de busca ativa das crianças que não estão vacinadas e horário de funcionamento das unidades de saúde.

 “Hoje, nós temos uma população feminina economicamente ativa, então é preciso que o horário de funcionamento das unidades de saúde permita que essa mãe leve sua criança para ser vacinada. Não podemos ter a vacina só em horário comercial”, explicou Mércia Feitosa, destacando que essa questão do horário restrito de funcionamento das unidades de saúde permeia todos os Estados. 

 Quanto ao eixo comunicação, as discussões foram recorrentes: a população é desinformada quanto a importância da vacina e seu benefício, os mitos que cercam a temática e as notícias falsas nas redes sociais. Estes dois eixos serão enfrentados no plano de ação, segundo Mércia Feitosa.

 “O plano será um grande trabalho e vamos depositar nele todas as nossas energias porque o que a gente quer é impedir que doenças que podem ser prevenidas, retornem. O que a gente tem vivido hoje com o sarampo tem levado todo mundo a ter a preocupação com o retorno de doenças, uma vez que as coberturas vacinais não são apenas para pólio e sarampo. São para coqueluche, difteria, hepatite, as outras doenças imunopreveníveis, que  também estão com coberturas baixas”, salientou a coordenadora.

 Campanha

 No período de 6 a 30 de agosto, o Ministério da Saúde realiza, através de Estados e municípios, a campanha de vacinação contra a pólio e o sarampo. A imunização é exclusiva para crianças de zero a menos de cinco anos de idade. O Dia “D” acontece em 18 de agosto, com o objetivo de mobilizar a famílias a levarem suas crianças aos postos de saúde para serem vacinadas. A vacinação será indiscriminada, ou seja, todas as crianças que forem às unidades serão vacinadas contra a pólio e o sarampo.

 

 

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