Comoção e revolta marcam o velório do capitão Oliveira

Por Com informações da Secretaria de Segurança Pública 05/04/2018 16h52
Comoção e revolta marcam o velório do capitão Oliveira

O velório do comandante da Companhia Independente de Operações Policiais em Área da Caatinga, capitão Manoel Alves de Oliveira Santos, foi marcado por muita comoção entre familiares, amigos e autoridades.  O corpo chegou ao Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), localizado no Bairro América, em Aracaju, por volta das 13h, onde foi velado até às 15h30 e levado em carro aberto do Corpo de Bombeiros para o velatório Piaf, na rua Laranjeiras, também na capital, onde deve permanecer até a manhã desta sexta-feira (06).  O governador Jackson Barreto compareceu ao velório no Cfap e se pronunciou informando que não medirá esforços para prender os responsáveis pelo crime. O secretário de segurança pública João Eloy, falou à equipe da TV Atalaia, que é quase certo, que o crime está relacionado às atividades do comandante.  

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, o cortejo fúnebre sai para o município de Porto da Folha, às 5h da sexta. O município onde ele nasceu, fica distante 190 quilômetros da capital e tem chegada prevista para 8h, quando acontecerá uma missa de corpo presente na Igreja Matriz de Porto da Folha, em seguida o sepultamento acontecerá no cemitério São Joaquim da mesma cidade, com honras militares.

 

Capitão Oliveira

O carismático oficial entrou na Corporação em 1994, ainda na condição de soldado, sendo aprovado em 1997 no Concurso de Sargentos e em 2003 no Curso de Formação de Oficiais, feito na Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello (APMSAM), na capital alagoana. Voltando ao Estado na turma de oficiais CFO/PMSE 2005, iniciou a atividade, enquanto oficial, em estágios nas diversas unidades operacionais da PMSE.

Num segundo momento, já como tenente, teve a oportunidade de trabalhar no 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM), em Propriá, no 4º Batalhão, em Canindé do São Francisco, até fundar o então Pelotão Especial de Policiamento em Área de Caatinga (Pepac) em 16 de maio de 2008, onde permaneceu até a data da sua morte, ocorrida na noite da quarta-feira, 5, após emboscada numa rodovia situada entre os municípios de Monte Alegre de Sergipe e Porto da Folha.

O oficial era Técnico Agrícola, formado na Escola Agrotécnica de São Cristóvão, em 1993; Bacharel em Segurança Pública pela Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Mello (APMSAM); graduado em Direito pela Faculdade Pio Décimo; participou de Cursos SWAT e de Operações em Altura e Rapel Tático, além de estágio na Companhia de Polícia de Ações em Caatinga da Polícia Militar da Bahia (Cpac). O capitão foi da primeira turma do Curso de Operações Policiais em Área de Caatinga da PMSE (Copac), vindo a ser coordenador e instrutor a partir da segunda turma.

Por seu carisma e reconhecido empenho em prol da segurança e do bem-estar do sergipano, em especial do sertanejo, recebeu o Título de Cidadão Gloriense. Na Corporação, recebeu as Medalhas de Tempo de Serviço 10 e 20 Anos e foi condecorado com a Medalha do Mérito Policial, homenagem oferecida aos civis e militares que se destacam nos serviços prestados à Polícia Militar. 

Segundo o Ministério Público Federal, o comandante foi parceiro em diversas missões, o Capitão Oliveira mantinha relacionamento exemplar com as comunidades tradicionais sertanejas, a exemplo das comunidades quilombolas e indígena da região, jamais se escondendo por detrás da burocracia quando era chamado ao cumprimento do dever e estando sempre voltado à efetividade da segurança pública no sertão do Estado de Sergipe.

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