OMS declara fim de emergência internacional pelo vírus Zika
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje (18) o fim da emergência internacionaldecretada em fevereiro devido às consequências neurológicas do vírus Zika. De acordo com o coordenador da organização, David Heymann, a situação do vírus agora precisa de atenção a longo prazo.
A decisão foi tomada após reunião do comitê de emergência formado pelos principais especialistas do mundo na área. A OMS recomenda que os países que enfrentam a epidemia de zika tenham outros métodos de detecção de consequências neurológicas do vírus, além da medição da cabeça dos recém-nascidos, medida já adotada pelo Brasil e que pode levar ao diagnóstico de microcefalia.
Mais cedo, no entanto, o governo brasileiro anunciou que vai manter a emergência nacional em saúde pública devido ao vírus Zika. Heymann considerou a decisão brasileira adequada e disse ser natural países declararem emergência a despeito da OMS.
“É apropriado o Brasil continuar a emergência, porém, uma emergência pública internacional tem uma conotação diferente, nesse caso a declaração é feita para o que o mundo identifique e trabalhe em conjunto questões de importância internacional. Agora, outro país pode dizer que é uma emergência, se eles precisam de mais fontes, de mais pesquisas”, disse o coordenador da OMS em entrevista coletiva.
Em entrevista nesta manhã, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, ressaltou que, como o Brasil é o país com maior incidência das consequências neurológicas do Zika, deve continuar em alerta para uma maior segurança da população.
Histórico
Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. Até o segundo semestre do ano passado, o que se sabia sobre a doença era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
No entanto, no fim de novembro do ano passado, o Ministério da Saúde confirmou que a infecção de gestantes pelo vírus pode levar à gestação de crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
Desde então, outras complicações ligadas ao vírus Zika em recém-nascidos foram notificadas, como surdez, problemas na visão e no coração. Como os pesquisadores viram que a microcefalia, ou seja, o perímetro encefálico menor que o considerado normal, não era a única consequência da infecção pelo vírus na gravidez, o quadro passou a ser chamado de Síndrome Congênita do Zika. Ao todo, 2.016 crianças tiveram a confirmação da síndrome.
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsAppMais vídeos
Influenciadora digital é assaltada em São Paulo e celular levado é recuperado em Aracaju
Homem agride companheira, sogra e cunhada de 13 anos em Nossa Senhora do Socorro
Família procura adolescente de 11 anos que está desaparecida há 3 dias em Aracaju
Família faz apelo para encontrar parente que sumiu no dia 26 de dezembro na Serra do Machado
Confira o que é destaque na Transamérica FM 90.5
Mais acessadas
Correios anunciam concurso público para segundo semestre de 2024
Suspeito de tráfico de drogas morre em confronto com polícia no Guajará; VÍDEO
Chama Olímpica de Paris é acesa em cerimônia tradicional na Grécia
Bibok Cultural e Tilápia-azul lançam catálogo do Salão Serigy de Arte Contemporânea
Cerca de quatro bilhões de pessoas correm risco de infecção pelo mosquito Aedes, diz OMS
Mais notícias
-
3 horas, 20 minutos VÍDEO: chuvas intensas chegam no interior de Sergipe e causam transtornos à população
-
3 horas, 52 minutos Família procura menina de 11 anos desaparecida há três dias em Aracaju
-
3 horas, 57 minutos Suspeito de assassinar motorista de aplicativo morre em confronto com a polícia em Socorro