Terceirizados do Copemcan paralisam as atividades por falta de pagamento

30/12/2015 09h54
Terceirizados do Copemcan paralisam as atividades por falta de pagamento

Os funcionários terceirizados do Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan), responsáveis pelas refeições dos detentos, paralisaram as atividades por falta de pagamento. De acordo com os funcionários, há dois meses a empresa não paga salários e nem o vale transporte, alegando que o estado não repassa o dinheiro.

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De acordo com o supervisor, José Alves, que foi demitido há 30 dias, ele ainda não recebeu nenhum benefício. “Além dos meus direitos, que não recebi nada, tem gente que entrou de férias e está voltando sem receber e a explicação da empresa é que quem estiver insatisfeito pode ir para casa, pois eles não tem dinheiro, que o estado não pagou. Só que quando fazem a licitação tem uma clausula que eles tem que ter respaldo para uma situação dessas, por isso não importa, queremos que eles paguem”, afirmou.

Ainda segundo o ex-funcionário, ontem a noite por causa da paralisação, alguns presos tiveram que fazer a própria comida. Situação que foi negada pelo diretor Jean Guimarães. “Isso não acontece, pois os detentos não tem acesso a cozinha. Essa situação já foi resolvida, pois a empresa já mandou mais funcionários para garantir o abastecimento da alimentação dos presos”, destacou.

Na manhã de hoje (30) vários funcionários se concentraram em frente ao presídio e reclamaram da situação. Em um dos casos, uma cozinheira que mora em Estância relatou que há dois meses não recebe o vale transporte e como como mora longe, a caba gastando R$16 reais por dia para poder ir trabalhar.

O auxiliar de cozinha, Leonardo Santos Feitosa, entrou na empresa há dois meses e desde que foi contratado ainda não recebeu salário. “Entrei há dois meses na empresa, mas até agora não recebi nada, estou entrando no SPC, pois nunca recebi nada. Fiquei alegre pela contratação, mas teve a decepção porque trabalho, mas não tem salário”, contou.

Outra reclamação dos funcionários é que além de dois meses de salário, ainda falta o pagamento do décimo terceiro salário.

No presídio, que tem capacidade de 800 presos, estão custodiados 2.399 detentos.  

De acordo com a advogada da empresa Brisa Mar Serviços, os salários serão pagos na próxima quarta-feira, 6 de janeiro, incluindo os vencimentos atrasados há dois meses. 

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