Greve dos bancários completa 10 dias e continua com 140 agências fechadas em Sergipe

16/10/2015 11h04
Greve dos bancários completa 10 dias e continua com 140 agências fechadas em Sergipe

No décimo dia de greve, os bancários de Sergipe se reuniram em frente a uma agência bancária da praça Fausto Cardoso, na manhã desta sexta-feira (16). Em todo o estado de Sergipe, 140 agências estão de portas fechadas. No Brasil, esse número chega a 11.800.


A presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Ivânia Pereira, faz um balanço do período de greve. “A paralisação continua forte. Todos os dias tem uma equipe do sindicato que vai visitar as agências, nós realizamos uma pesquisa com os delegados sindicais nos interiores. Os bancários continuam conscientes e fora das agências. Iremos continuar assim até que os banqueiros se comuniquem”, afirma.


Até o momento, o sindicato relata que nenhuma proposta foi oferecida paras os bancários. “Infelizmente as negociações estão paradas e os banqueiros não mostraram nenhum gesto. Eles mantiveram a proposta que eles apresentaram, antes mesmo da greve, e até agora não marcaram nenhuma reunião de negociação. Nós concluímos que a greve não está atingindo os banqueiros como deveria. Iremos analisar uma nova forma de intensificar a greve para que eles sejam afetados”, revela a sindicalista.


A ideia da categoria é tentar enfraquecer as ações realizadas nos centros administrativos e de tecnologia dos bancos. “Nós temos consciência que os bancos continuam fazendo negociações de alguma forma. Por isso, que eles ainda continuam resistentes. Isso não acontecerá se conseguirmos atingir os centros de tecnologia. Se nós começarmos a incomodar, esse quadro muda”, destaca a presidente.


De acordo com levantamento do sindicato dos bancários, 15 agências em Sergipe não atenderam o comando de greve e estão de portas abertas. Mesmo assim, a categoria está resistente e afirma que só irá retornar às atividades quando os banqueiros sugerirem uma nova proposta.


Reflexos da greve


A população ainda sofre com os transtornos gerados pela greve dos bancários. Andreza Miranda, por exemplo, não conseguiu realizar uma transação bancária. “Eu preciso gerar um boleto e não consegui nessa agência. Fui informada que terei que ir no interior para realizar essa operação. Era para fazer esse serviço, hoje, como ainda vou viajar, não vou chegar a tempo e ainda vou pagar juros”, conta.


A psicóloga, Patrícia Pinati, tenta há três dias realizar a retirada de um cartão, mas, até o momento, não conseguiu. “O cartão não chegou em casa e eu vim aqui buscar. Com essa greve ficou inviável. Estou precisando movimentar a minha conta e não tem como sem o cartão”, relata.

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