Secretaria de Saúde do município apresenta levantamento da dengue na Capital

01/10/2015 19h04
Secretaria de Saúde do município apresenta levantamento da dengue na Capital
A8SE

Na manhã desta terça-feira (11) o secretário, em exercício, da Secretária Municipal de Saúde, Luciano Paz e integrantes da Diretoria de Vigilância em Saúde receberam a imprensa e os Agentes de Combate às Endemias no auditório do Cemar Siqueira Campos para apresentar os últimos dados relativos ao 4º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2015. No levantamento foi possível diagnosticar o nível de infestação da larva do mosquito nos 42 bairros aracajuanos. Este dado possibilitará que a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), através do Programa Municipal de Controle da Dengue, direcione ações específicas para cada local.


Durante a apresentação, foram pontuadas as políticas realizadas no combate ao mosquito e aberta a ocasião para que os agentes pontuem sugestões em prol de melhorar ainda mais o atual quadro da dengue na Capital. De janeiro a julho, eram esperados cerca de 9.283 ocorrências de dengue, porém, apenas 2.709 casos notificados, sendo 1.390 confirmados para Dengue (até o momento, Aracaju não apresentou casos confirmados de Zika nem de Febre Chikungunya).  “Aracaju apresenta índice de infestação 2,3 valor considerado como médio risco ou alerta para o aparecimento de surtos ou epidemias. (o nível que compreende este “médio risco” vai de 1 até 3,9)”, informou Luciano Paz.


O Secretário pediu que os Agentes de Endemias mantivessem o pique nos trabalhos, sempre alertando ao cidadão dos cuidados necessários para combater o Aedes aegypti. “Neste mais recente relatório, um bairro (Cidade Nova) apresentou alto risco de infestação do mosquito, com índice de 4,1, o que nos deixa em alerta total para ações mais incisivas tanto naquela região quanto no restante da Capital. Bahia e Alagoas apresentaram casos de epidemia de dengue, Aracaju está tranquilo, porém, não podemos baixar a guarda, é preciso manter o trabalho constantemente”, solicitou. Outros bairros que apresentaram índice acima de 3% foram: 18 do Forte (3.8), Cirurgia (3.9) e Ponto Novo (3.2), considerado de médio risco.


Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taíse Cavalcante, em janeiro, o LIRAa foi de 1,3; em março apresentou 2,0 e em maio  1,9. “Neste último LIRAa já era previsto um aumento do índice por causa das condições climáticas, com chuvas intercaladas, que facilita a proliferação do mosquito. Contudo, a Secretaria Municipal da Saúde vem intensificando as ações de combate à Dengue para mantermos estáveis esse nível de infestação. É preciso que a população também não se descuide das ações preventivas de combate aos criadouros dos mosquitos transmissor da doença”, disse Taíse.


Segundo o último LIRAa, entre as causas principais de elevação do índice de infestação do Aedes aegypti está o armazenamento de água em locais abertos, sem os devidos cuidados por parte da população. “O armazenamento de água em lavanderias, caixas d’água e tonéis é responsável por 64,7% dos casos de infestação do mosquito. Já os depósitos domiciliares como: vasos, pratos de plantas, ralos, lajes e sanitários em desuso representam 23%. No levantamento, lixos e resíduos sólidos nos quintais das casas representam 12,2% dos locais encontrados”, frisou a Coordenadora.


Combate


Monitoramento quinzenal dos pontos estratégicos para a proliferação do Aedes aegypti com um total de 4.926 visitas realizadas, realização de 456.081 visitas domiciliares pelos agentes de endemias no controle da dengue e também realização de 14.295 visitas e trabalho em Terrenos Baldios, com o recolhimento de mais de 35 mil pneus abandonado (que serviam de criadouro para o mosquito) foram algumas das atividades em prol do combate ao Aedes aegypti. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde, Tereza Cristina Maynard, inúmeras ações são realizadas diariamente, com o apoio imprescindível dos Agentes de Combate às Endemias, além da colaboração da população.


“Fizemos grandes trabalhos comunitários que serviram de alerta à população. em fevereiro, por exemplo, tivemos o Dia “D” de combate a dengue e chikungunya, com distribuição de folder e orientação nos dois shoppings da cidade. Aplicamos o Carro Fumacê em 13 bairros de Aracaju a partir do mês de março em parceria com o Governo do Estado. Além das visitas que acontecem durante a semana, realizamos Força Tarefa, praticamente todos os sábados, em pontos especiais da Capital, com nossos agentes de endemias adentrando as residências e abordando os moradores, explicando possíveis riscos e, principalmente, eliminando os focos do mosquito encontrados nas residências. Também realizamos o primeiro curso em Tecnologia de Aplicação de Inseticidas e Segurança no Trabalho para os Agentes de Combate às Endemias. Mas tudo isso precisa ser sempre com o apoio da população, que precisa se empenhar também nessa luta”, disse Cristina.

 

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