Greve da polícia: População fica sem atendimento no Instituto de Identificação

01/10/2015 19h04
Greve da polícia: População fica sem atendimento no Instituto de Identificação
A8SE

Quem foi até o Instituto de Identificação na manhã desta segunda-feira (10) acabou voltando para casa sem atendimento. Centenas de pessoas chegaram cedo na porta do órgão, aguardaram a entrega das senhas, mas se decepcionaram por falta de recepção. O tumulto foi causado pela paralisação dos policiais civis, que protestam contra o parcelamento de salários pagos pelo governo.


De acordo com as pessoas que aguardavam na fila, houve a promessa nas primeiras horas da manhã de que haveria atendimento apenas para 60 pessoas. No entanto, ao decorrer do tempo, eles foram informados de que o atendimento não seria realizado.

“Eu cheguei aqui quatro horas da manhã, quando deu cinco horas avisaram que iam diminuir a quantidade de pessoas no atendimento. Como eu era a segunda da fila, esperei. Mas, de repente, quando os funcionários começaram a chegar, disseram que não ia atender mais ninguém. Aqui tinham pessoas idosas, mulheres grávidas, todos na fila esperando a horas em pé. Eles têm direito de reclamar pelos direitos, mas pelo menos que comunicassem antes, para que as pessoas não ficassem aqui esperando, perdendo tempo à toa. Eu acho isso um desrespeito”, desabafou Marlene Nascimento Costa.


Lino Nicolau Santos se deslocou de Tobias Barreto até a capital e mostrou insatisfação. “Perdi meu dinheiro da passagem, perdi meu tempo esperando. Cheguei no fim de semana, dormi na casa de um parente, acordei na madrugada, tudo isso para conseguir uma vaga entre os primeiros.  Quando chega aqui uma palhaça dessas. Preciso de um anova identidade para renovar minha habilitação. E agora, com essas paralisações, vou ficar por aí andando nas estradas com carteira vencida? ” questiona.

Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), João Alexandre, o quadro de funcionários do Instituto de Identificação atende, com a greve, o contingente mínimo de 30%.  “Neste período, os servidores se destinam apenas a atender urgências e atividades internas”, afirma.


A estimativa é que a paralisação continue nesta terça-feira (11) e que as unidades que integram a polícia fiquem sem atendimento. Os policias civis, lutam por reajuste linear dos salários de acordo com a inflação, subsídio, Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. 


Sem visita nas delegacias


Os delegados e policiais civis decidiram anular as visitas nas delegacias de Sergipe. De acordo com a categoria, o benefício era uma concessão que não tinha previsão legal. “Quando permitimos a realização de visitas, se coloca em risco, os familiares, os servidores e a própria integridade do preso, isso nunca poderia acontecer. Era uma concessão ilegal. A nossa função é investigação criminal e não custodiar os presos”, justifica João Alexandre.

 

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