Polícia fecha clínica clandestina de aborto em São Cristóvão

30/09/2015 22h29
Polícia fecha clínica clandestina de aborto em São Cristóvão

Uma operação da Polícia Civil, através da equipe da 5ª Divisão do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), fechou no final da tarde dessa sexta-feira (23) uma clínica clandestina de aborto localizada no conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão. No momento da operação duas mulheres foram presas, Nicelda Francisca dos Santos, 49 anos, que realizava os abortos, e Claudia Regina dos Santos, 33 anos, que havia acabado de passar pelo procedimento.

 

De acordo com a delegada Rosana Freitas, foi quase um ano de investigações e em apenas um mês foram registrados de 4 a 5 abortos. “Denúncias anônimas já vinham sendo feitas e nós demos início às investigações. Ontem deflagramos a operação e conseguimos realizar o flagrante”, afirmou a delegada.

 

 

Ainda segundo informações policiais, Nicelda realizava abortos há 15 anos. “Tudo começou com a sogra dela, que também fazia abortos e deixou de herança os objetos. Há sete anos essa mulher morreu e a acusada continuou com a prática na mesma residência, um local em condições precárias”, revelou Rosana Freitas que destacou. “A Nicelda realizava os abortos no próprio quarto, na cama em que dormia”.

 

Para realizar os abortos a mulher costumava cobrar entre R$ 800 e R$ 2.000 reais, mas da cliente flagrada na clínica clandestina ela havia aceitado uma máquina de lavar roupas. “No momento da operação chegou um caminhão para fazer a entrega de uma máquina de lavar, que segundo a Nicelda, era o pagamento pelo aborto que havia acabado de realizar”, contou a delegada.

 

A mulher que havia passado pelo procedimento foi detida, mas liberada após pagamento de fiança, após o depoimento ela foi encaminhada para a maternidade. “Durante a oitiva a mulher começou a sangrar e precisou ser encaminhada ao hospital para receber cuidados médicos. Segundo os relatos da acusada, ela introduzia uma sonda para matar o feto e depois a mulher expelia, ela não fazia a retirada no local”, ressaltou Rosana. 

 

Além das prisões, no local foram encontrados diversos materiais utilizados nos abortos, como gases, pinças, luvas, medicamentos e sondas. 

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