Estudantes do Campus da UFS em Lagarto foram recebidos pelo reitor

Participaram da reunião o diretor geral do campus de Lagarto, Mário Adriano, a presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFS (DCE/UFS), Jessy Dayane, e representantes do Comando Local de Greve Estudantil de Lagarto.

30/09/2015 22h04
Estudantes do Campus da UFS em Lagarto foram recebidos pelo reitor

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Secretaria de Estado da Saúde (SES) reafirmaram, durante a reunião que aconteceu no Auditório da Reitoria,  o compromisso de federalizar o Hospital Regional Monsenhor José Daltro, em Lagarto. Este era considerado um dos pedidos mais urgentes dos estudantes, pois atualmente este é o principal espaço para as aulas práticas dos cursos ofertados no município.

 

Será assinado um protocolo de intenções entre UFS e SES ainda no mês de maio, na cerimônia de entrega do Prédio Multidepartamental do campus definitivo de Lagarto.

 

“Na verdade, já há um compromisso assumido entre o Governo do Estado e a Reitoria da UFS para que o Hospital seja entregue à Universidade. Até mesmo porque ele já foi construído com o compromisso de ser um ambiente de ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, o processo de transferência é lento, pois há muitas questões pontuais que estão sendo ajustadas. Mesmo assim, o Governo do Estado se empenha para que os estudantes dos cursos de Lagarto tenham acesso ao Hospital até que o processo de federalização esteja concluído”,  explicou a secretária estadual da Saúde, Joélia Silva.   

 

Outros itens da pauta dos estudantes referem-se ainda ao relacionamento entre a UFS e o Governo do Estado, que são parceiros no processo de instalação do campus. Um dos pontos apontados pelos estudantes é a dificuldade para receber o acompanhamento de preceptores durante o período de internato no Hospital Regional. Isso porque, segundo Jamille Caroline, do Centro Acadêmico de Enfermagem, o número de profissionais que desejam conduzir os estudantes na sua formação é insuficiente.

 

Joélia Silva afirmou que essa situação já foi identificada e está sendo avaliada pela  Secretaria. Segundo ela, será feito um estudo para verificar a possibilidade jurídica de a Fundação Estadual da Saúde (Funesa) oferecer bolsas e outros incentivos para os profissionais da rede que se dispuserem a supervisionar e orientar os estudantes, assumindo o papel de preceptores.

 

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Estavam no auditório estudantes dos oito cursos de graduação na área da saúde oferecidos no campus da UFS em Lagarto. O grupo apresentou uma lista de reivindicações que, segundo eles, irão melhorar as condições de ensino no campus.

 

Também participaram da reunião o diretor geral do campus de Lagarto, Mário Adriano, a presidente do Diretório Central dos Estudantes da UFS (DCE/UFS), Jessy Dayane, e representantes do Comando Local de Greve Estudantil de Lagarto.

 

Pautas específicas da UFS

 

Ao final da audiência foi formada uma comissão composta por estudantes de todos os Centros Acadêmicos e pela direção do campus. O grupo começou as discussões ainda na noite de ontem e irá  operacionalizar as ações necessárias para  viabilizar os pedidos dos discentes.

 

“Conseguimos negociar com os estudantes um cronograma de ajustes da estrutura das clínicas provisórias de práticas. Iremos instalar divisórias, isolamento acústico e realizar as adaptações necessárias para que os estudantes possam ter uma formação de qualidade. Vale lembrar que todas as demandas de que tínhamos conhecimento já haviam sido discutidas e estavam sendo providenciadas”, afirmou Mário Adriano, diretor do campus.

 

Ficou definido que nesta quinta-feira (8) a comissão se reunirá novamente no campus provisório de Lagarto para um novo diálogo.

 

Para o reitor da UFS, Angelo Antoniolli, a conjuntura no campus de Lagarto é um reflexo do que acontece no Sistema Único de Saúde (SUS). “ A rede não foi pensada para ser gerida em conjunto, não foi planejada para fazer a formação de profissionais. Estamos indo por um caminho diferente porque acreditamos nesse projeto e conhecemos o tipo de profissionais de que o SUS precisa. A discussão que estamos tendo aqui abre perspectivas para estudantes que, tendo uma formação diferenciada, possuem necessidades específicas que iremos cumprir fazendo um trabalho em parceria com os governos federal, estadual, municipal e todos que quiserem nos ajudar nessa tarefa”, concluiu o reitor.

 

 

 

 

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