Huse já atendeu a 2.500 vítimas de acidentes motociclísticos em 2014

No mesmo período do ano passado, foram atendidas 2.300 vítimas. Isso representa um aumento de quase 10%.

30/09/2015 22h04
Huse já atendeu a 2.500 vítimas de acidentes motociclísticos em 2014

“Traumas mais complexos e sequelas inevitáveis”. Essa foi uma das principais afirmações feitas pela referência técnica da ortopedia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o ortopedista Antônio Cabral. O Huse é referência nos casos de urgência e emergência de alta complexidade no Estado e atende anualmente milhares de vítimas de acidentes motociclísticos.

 

Somente nos quatro primeiros meses de 2014, o Huse realizou mais de 2.500 atendimentos a vítimas de acidentes motociclísticos. No mesmo período do ano passado, foram atendidas 2.300 vítimas. Isso representa um aumento de quase 10%.

 

Na maioria das vezes, a vítima é jovem e do sexo masculino, com idade de até 30 anos. Os acidentes, quando não matam, quase sempre deixam traumas e sequelas permanentes, como afirma o ortopedista Antônio Cabral.

“É necessário que se faça uma campanha de conscientização para os condutores. Aqui no pronto-socorro, esse cenário se repete com freqüência. São muitos os acidentados que chegam sequelados ou incapacitados. Por isso, é importante conscientizar para a importância de usar o capacete, respeitar a legislação de trânsito, pilotar na velocidade permitida e não ingerir bebida alcoólica, uma das principais causas dos acidentes”, explicou o médico.

 

Na maioria dos casos, o tratamento exige mais recursos financeiros, humanos e tecnológicos do estado. Cirurgias e internações em enfermarias e UTI também fazem parte do tratamento. Geralmente os ossos mais prejudicados são fêmur, tíbia e o rádio. “Em torno de 30% desses pacientes têm sequelas definitivas, como paraplegias, tetraplegias, deformidades ósseas e amputação. Outros 70% sofrem sequelas parciais, como restrição de movimentos e dores”, relatou o ortopedista.

 

Dores que acompanham o servente de pedreiro, José Carlos Cerqueira, 39. Depois de sofrer um acidente motociclístico, ele teve a perna quebrada e hoje anda com ajuda de uma muleta e sessões de fisioterapia. “Passei quatro meses aqui no Huse só por causa da minha recuperação que demorou um pouco. Dependi de muita gente para me locomover, mas já estou me recuperando aos poucos e vim para uma consulta. Fui fazer uma ultrapassagem indevida e colidi com um carro. Só eu sei o preço que paguei por isso”, lembrou José Carlos.

 

O mecânico Flávio Cardoso, 29, derrapou com a moto e não fazia uso do capacete. Sofreu um trauma de crânio leve e se recupera na enfermaria. “Foi muita sorte que eu tive. Como estava perto de casa, não coloquei o capacete. Não aconselho a ninguém, pois minha lesão poderia ter sido muito grave e hoje não estar vivo. O capacete realmente ajuda a salvar vidas”, relatou.

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