Departamento de Grupos Vulneráveis da Polícia Civil implanta Sala de Mediação

30/09/2015 20h12
Departamento de Grupos Vulneráveis da Polícia Civil implanta Sala de Mediação
A8SE

O Departamento de Grupos Vulneráveis da Polícia Civil (DAGV) inaugurou nesta quarta-feira (25) a Sala de Mediação, onde acontecerão as audiências de mediação de conflitos. Trata-se de um aperfeiçoamento do serviço que já é desenvolvido há cinco anos pelo DAGV, a primeira unidade policial do Brasil a adotá-lo. As mediações serão realizadas por 12 profissionais, entre delegados e agentes, que passaram por cursos de qualificação e especialização no assunto.

Segundo a diretora do departamento, delegada Georlize Oliveira Teles, a Sala de Mediação tem o objetivo de resolver os conflitos e crises entre as partes, principalmente familiares, através de conversas diretas entre elas. "Nós apenas intermediamos um encontro entre as partes, que buscam juntas uma solução pacífica para os problemas, sem haver vencedores ou perdedores. As partes se entendem diretamente", disse. "A sala é o mesmo serviço que já é prestado há cinco anos, só que de forma mais especializada. Nós passamos por um aperfeiçoamento das nossas técnicas e métodos de trabalho, que vão possibilitar uma melhoria na qualidade do serviço", acrescenta.

A integração da pesquisa ao trabalho da Polícia Civil acontece desde o ano passado, quando a pesquisadora ministrou um curso de qualificação em mediação de conflitos, com o presidente da Associação Brasileira de Árbitros e Mediadores (Abrame), Áureo Simões Júnior. "Os servidores do DAGV participaram deste curso e a professora Luciana, sabendo do nosso trabalho e, nos convidou para fazer parte desta pesquisa da UFS. Durante um ano, ela vai acompanhar os casos mediados por nós e verificar o comportamento destas pessoas, para analisar a efetividade da solução dos problemas através da mediação", explicou Georlize.

O programa apresenta a mediação como uma nova alternativa resolução pacífica das disputas familiares, substituindo o modelo conflitual apresentado pelo Poder Judiciário. Áureo Simões Júnior explica que ela é diferente da conciliação judicial. "São atividades semelhantes, mas de diferente abordagem. Na mediação, o agente (mediador) apenas assume o encargo de aproximar, de auxiliar e incentivar o diálogo, enquanto as próprias partes vão procurando um entendimento. Já na conciliação, as partes deixam a cargo do conciliador que, observando os fatos, chega a uma solução a ser aceita ou não pelas partes. Mas as duas práticas podem convergir", explicou ele.

A delegada Georlize Teles informa ainda que as mediações acontecem em conflitos sem a ocorrência de agressões físicas, ou seja, quando não há violência física. As mediações podem ser agendadas a partir de uma avaliação dos casos que chegam diariamente ao DAGV. "A pessoa vai para lá, relata o problema e, se avaliarmos que o caso é para mediação, colocamos ele na pauta de audiências. Se o caso não for resolvido com a mediação, ele segue direto para a Justiça", esclarece ela, referindo-se há possibilidade menos desejada pelos que procuram a mediação. "Na maioria das vezes, as pessoas não querem que o caso chegue à Justiça, querem apenas ser chamadas para conversar", diz a diretora.

A Sala de Mediação está na sede do DAGV, que funciona das 7h às 19h e fica na Rua Itabaiana, 258, centro da capital. Outras informações pelo telefone (79) 3205-9400

 

Fonte: SSP/SE

 

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