Política e Cotidiano

30/09/2015 20h11
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Fábrica de promessas

O Programa Eleitoral Gratuito até parece uma fábrica de promessas. Tem candidatos ao legislativo prometendo implantar metrô, construir milhares de casas no Estado, acabar com a crise na saúde pública, resolver o problema da violência, garantir educação pública de boa qualidade e o Diabo a quatro. Ora, a função do deputado é legislar e fiscalizar as ações do Governo. Este sim, deve realizar as obras reivindicadas pelo conjunto da sociedade. Ao prometem o que não podem fazer, os candidatos a Assembléia e Câmara Federal estão tentando enganar os eleitores, que devem puni-los, negando-lhes o voto no dia 3 de outubro. Mas não são apenas os pretendentes às cadeiras legislativas que exageram nas promessas. Ontem, a candidata a governadora Vera Lúcia (PSTU) prometeu criar em Sergipe "milhões e milhões de empregos". Se isso acontecesse, não haveria milhões e milhões de trabalhadores para ocupá-los, pois a nossa população é menor milhões e milhões de vezes.

Malas preta

O candidato a vice-governador Jackson Barreto (PMDB) deu os primeiros sinais sobre como tratará João Alves Filho (DEM) na campanha. O peemedebista rebateu a acusação do ex-governador de que se precisasse de dinheiro para se eleger, deixaria a vida pública. Em resposta, Jackson postou no twitter que "quem introduziu malas com dinheiro de empreiteiros e empresários nas campanhas de Sergipe foi João Alves. O processo eleitoral em Sergipe, a partir da presença de João, começou a ver malas de dinheiro e o governo a serviço da campanha eleitoral", fustigou.

Vermelho de raiva

O candidato a senador Antônio Leite (PV) está vermelho de raiva do candidato a deputado estadual Anderson Góes (PV), tudo porque este tem pedido votos para Albano Franco (PSDB) no programa eleitoral do Partido Verde. Ora, e Tonho Leite não está apoiando o candidato a senador Eduardo Amorim (PSC), que não faz parte da coligação verde? O melhor é Leite relaxar, pois nesse saco de gatos que é a atual campanha, perde tempo quem esquenta a cabeça. Isso é coisa pra palito de fósforo!

Prefeitura processada

A Prefeitura de Itabaiana está sendo processada por descumprir uma recomendação do Ministério Público Federal, que exige o Certificado de Registro das empresas participam das licitações de prestação de serviço de transporte de passageiros. O objetivo da recomendação é evitar que empresas clandestinas de ônibus explorem o serviço de transporte intermunicipal. O procurador Silvio Amorim Junior explicou que, findo o prazo para responder a solicitação, a Prefeitura não comprovou o cumprimento da recomendação. A preocupação do Ministério Público é porque há verbas federais envolvidas nesses contratos.

Maus lençóis

O prefeito de Monte Alegre, João Vieira de Aragão, também está com um baita pepino para resolver. É que o Ministério Público Federal em Sergipe detectou uma série de irregularidades no uso de verbas federais para compra de alimentos com recursos federais. Segundo o processo, as licitações para aquisição da comida foram feitas de modo que dois supermercados de Glória saíssem como vencedores em várias ocasiões. A ação destaca ainda que os gerentes desses supermercados são irmãos, o que aponta para indícios de direcionamento dos processos licitatórios.

Contratos eleitorais

O Ministério Público do Trabalho está de olho na contratação de pessoal pelos partidos políticos. A preocupação maior é com as pessoas que seguram bandeiras dos candidatos nos cruzamentos de ruas e avenidas. A recomendação é para não contratar crianças e adolescentes. A jornada de trabalho não deve exceder 8 horas diárias e 44 horas semanais, tendo os trabalhadores direito a intervalo para almoço ou descanso. Os partidos também devem garantir medidas especiais de proteção contra o sol, calor, frio, chuva, para aqueles que trabalham a céu aberto, além de fornecer água potável e condições de higiene.

O foco é outro

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Luiz Mendonça, afasta qualquer possibilidade de o atentado a balas que sofreu ter motivações políticas. Segundo o magistrado, o processo eleitoral em Sergipe transcorre em clima de normalidade, não havendo, portanto, qualquer motivo para um crime da magnitude que foi o praticado contra ele. De volta ao trabalho na manhã de ontem, Luiz Mendonça se disse tranqüilo e não quis levantar suspeitas contra ninguém. Ele afirmou confiar no trabalho realizado pela Polícia para localizar e prender os criminosos.

Já eleitos

A equipe responsável pelo programa eleitoral gratuito do DEM está usando uma estratégia que pode virar piada contra os próprios candidatos. Antes de anunciar suas propostas, os postulantes a cadeiras nos Legislativos são identificados como deputados e falam como se já tivessem mandatos. Será que a apresentadora também vai se dirigir a João Alves Filho como governador? Certa feita, um candidato a presidente da Associação Atlética de Sergipe usou essa estratégia e o tiro saiu pela culatra. O homem virou chacota entre os sócios do clube e perdeu a eleição feio.

Voto consciente

O Senado lançou uma campanha pelo voto consciente nas próximas eleições. Com o tema Seu Voto Faz o Congresso, a campanha será veiculada em rádio, televisão, cartazes, banners e marcadores de livros. O objetivo é responsabilizar o eleitor pelo que acontece no Parlamento e lembrá-lo que o voto de hoje é o Congresso de amanhã. Taí uma boa iniciativa!

Do baú político

Pebas, guinés, jacarés, Perus. O que estes bichos têm a ver com a política de Sergipe? Eles emprestaram os nomes aos simpatizantes da UDN e do PSD em vários municípios. Em Itabaiana, por exemplo, os udenistas liderados por Euclides Paes Mendonça eram os Pebas, enquanto os pessedistas de Manoel Teles orgulhavam-se de ser os Cabaús. Ribeirópolis tinha os Guinés e os Perus, enquanto em Simão Dias a disputa política era entre os Jacarés e Crocodilos. Ainda hoje, os lagartenses estão divididos entre Bole-Bole e Saramandaia. Como no resto do Estado, Tobias Barreto não era diferente. No auge do leandrismo, ali pela década de 50, quem era udenista não queria conversa com pessedista. Mudava até de calçada para não cruzar com o adversário. Os tobienses ou eram Boca Preta, ou Rabo Branco. A rivalidade chegou a tal ponto que existiam dois clubes sociais na cidade. Quem pertencia a UDN só ia para os bailes na Sede, enquanto o pessoal do PSD se divertia no Sobrado. E ai daquele que errasse o endereço.

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