Governo quer ‘quebrar’ o Sintese, diz diretoria

30/09/2015 19h06
Governo quer ‘quebrar’ o Sintese, diz diretoria
A8SE

Os professores da rede estadual de ensino entraram hoje no 11º dia de greve sem nenhuma perspectiva de avanço nas negociações salariais. Ontem (18) a audiência, que estava marcada desde a semana passada com representantes do governo do Estado, acabou sendo suspensa de última hora, o que acirrou mais ainda os ânimos da categoria.

Na tarde de hoje (20) os professores voltam a se reunir em assembléia geral para avaliar a mobilização. "Diante da situação, certamente os professores vão permanecer de braços cruzados", afirma Roberto Silva, secretário de comunicação do Sintese.

A categoria luta pela implantação do Piso Salarial do Magistério que no ano de 2008 correspondia a R$ 950 e que este ano foi reajustado passando para R$ 1.132,40. Para o Sintese, o governo não foi correto no encaminhamento do pagamento do piso do magistério, disse o presidente do Sintese, Joel Almeida.

Ação e multa

No primeiro dia de greve dos professores, dia nove deste mês, o governo impetrou com uma ação na Justiça pedindo a ilegalidade da greve, inclusive o corte de ponto dos dias parados. Num primeiro momento, o pedido de ilegalidade foi distribuído para o desembargador Cláudio Déda-irmão do governador, Marcelo Déda-. Por ofício, o desembargador se mostrou impedido de julgar a ação.

A ação então foi redistribuída e foi para o desembargador, Edson Ulisses-cunhado do governador Marcelo Déda-."O Sintese já fez a defesa técnica. Vamos agora aguardar a decisão da ação que está nas mãos do desembargador, Edson Ulisses.", disse o presidente da entidade, Joel Almeida ao ressaltar que na mesma ação é solicitada uma multa diária de R$ 30 mil, caso o Sindicato não acate a decisão judicial. "O governo quer quebrar o Sintese", reforça Joel Almeida.

 

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