Revoltados, usuários apedrejam ônibus em vários pontos da cidade

30/09/2015 19h07
Revoltados, usuários apedrejam ônibus em vários pontos da cidade
A8SE

Ônibus apedrejados, pneus esvaziados, usuários revoltados, congestionamento e muita confusão marcam as primeiras horas de paralisação de motoristas e cobradores de transportes coletivos de Aracaju. A mobilização começou às quatro horas da manhã pegando muitos trabalhadores de surpresa. Os ônibus saem dos finais de linha, mas durante o percurso estão sendo abordados pelos grevistas e parados. Os passageiros estão sendo obrigados a parar no meio do caminho.
Na Avenida Ivo do Prado o congestionamento é grande. Todos os ônibus que passam na localidade estão sendo obrigados a parar. O mesmo ocorre em outros pontos da cidade, a exemplo, da Avenida Barão de Maruim. Entre os trabalhadores a revolta é grande e muitos têm reagido de forma violenta à mobilização de motoristas e cobradores.
Os ânimos estão exaltados, principalmente, porque os trabalhadores estão pagando passagem e ficando no meio do caminho. É o caso do vigilante, José Daniel de Oliveira que saiu às quatro da manhã do Mosqueiro com destino ao Parque São José. "Tenho apenas duas passagens. Já usei uma e se for pagar novamente não tenho como voltar prá casa", disse ele.
Reivindicação
O representante do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Aracaju (Simco), Adriano Oliveira, líder de instituição sem poder legal - afirma que a mobilização vai até as 9 horas da manhã de hoje (27). Somente após esse horário é que o serviço deverá ser regularizado, afirma Adriano.
"Os empresários do setor estão mantendo 6,5% de reajuste de salário, onde o índice de ganho real está sendo de 0,26, uma vez que a inflação foi de 6,24; e eles estão oferecendo 3,52% de reajuste dos tickets, que estavam em R$ 190, ofereceram R$ 205 e agora estão dando R$210". Os motoristas e cobradores não aceitam", disse o sindicalista.
O encontro contou com a participação do presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - seção Sergipe -, José de Souza, que afirmou entender a luta dos trabalhadores em questão como justa, por defender melhores condições de trabalho e também salariais.

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