Retorno às atividades é marcada por campanha de apadrinhamento
O sorriso no rosto das crianças demonstra a importância da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) na vida de cada um deles e a alegria de voltar ao convívio escolar. A entidade que estava com os serviços suspensos há 44 dias retomou as atividades no dia de hoje (15) assegurando aos 314 alunos assistência pedagógica, médica, odontológica e social, além de exames.
Com um débito de R$ 128 mil, a Apae foi obrigada a, praticamente fechar às portas. "Neste período só funcionou os setores de Tele marketing e o administrativo. As áreas pedagógicas, social e ambulatorial ficaram desativadas", afirma o presidente da instituição, Homero Felizola.
Segundo ele nesses 44 dias foram captados recursos suficientes para quitar dois meses da folha de pagamento (janeiro e fevereiro). "Ainda é preciso conseguir verbas para pagar os meses de março, abril e maio, o que corresponde a um débito de R$ 96 mil", alerta Felizola.
Apadrinhamento
A Apae retomou as atividades com uma boa novidade: o lançamento da campanha ‘Adote uma criança excepcional`. "A idéia nasceu durante o Fórum Empresarial de Sergipe e consiste em conquistar padrinhos para nossas crianças. O apadrinhamento pode ser feito por uma empresa ou pessoa física. O objetivo é garantir o sustento mensal das crianças adotadas. O custo seria de R$ 200 por mês", explica o presidente da Apae.
A campanha foi lançada na terça-feira (09) e o resultado vem sendo promissor. "Quinze crianças já foram apadrinhadas até agora, sendo 13 por empresas e duas por pessoa física É um número animador. Esperamos que a sociedade de um modo geral abrace esta causa para que possamos atender a um número bem maior de alunos", enfatiza Felizola.
Ampliação no atendimento
Outra conquista da Apae foi o convênio firmado com a Secretaria de estado da Saúde, o que vai assegurar um repasse mensal de R$ 8 mil por mês para o ambulatório. Essa ajuda significa também que a possibilidade da instituição ampliar o atendimento.
"Existe uma fila com cerca de 400 excepcionais aguardando a chance de ingressarem na Apae. Há uma necessidade enorme de assistência para essa camada da população, mas não existe uma política pública voltada para esse fim. Os alunos assistidos pela Apae são de famílias extremamente carentes e a entidade é a única no país que não cobra qualquer centavo dos familiares para a prestação do serviço", afirma.
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