Preço do arroz contribui para redução do valor da cesta básica

30/09/2015 19h05
Preço do arroz contribui para redução do valor da cesta básica
A8SE

 

O preço do arroz caiu em 10 capitais brasileiras, inclusive Aracaju ()

O arroz foi um dos produtos que contribuiu para a redução do preço da cesta básica de alimentos em Aracaju no mês passado. A queda foi de 2,25%. É o segundo mês consecutivo que os consumidores aracajuanos pagam mais em conta pelos gêneros alimentícios.

 

O tomate apresentou variação mensal negativa em todas as 17 capitais pesquisadas. Os maiores recuos ocorreram em Vitória (-30,40%), Curitiba (-26,59%), Recife (-25,46%), Porto Alegre (-23,47%) e Florianópolis (-23,25%). Em Aracaju, o preço do produto também sofreu redução, mas ainda assim, continua caro. Nos últimos 12 meses, o tomate acumulou uma alta de 51,22%.

A redução das chuvas permitiu que boas safras fossem colhidas. No entanto, o forte calor dos últimos dias deve provocar um acentuado amadurecimento no produto, causando perdas na colheita, no transporte e no armazenamento, o que poderá provocar elevação do preço, avalia o economista Luiz Moura, coordenador do Dieese.

Onze das 17 capitais registraram, em fevereiro, queda no preço do feijão, as mais expressivas verificadas em Belo Horizonte (-19,56%), Goiânia (16,27%) e Recife (-13,30%). Dentre as capitais onde o preço subiu, os destaques foram Porto Alegre (7,48%), Belém (4,00%) e Aracaju (3,95%). Na comparação com fevereiro de 2008, 10 localidades apresentaram retração, que variou entre -30,05%, em Belém, a -50,09%, em Recife. Seis regiões apresentaram alta acentuada, em especial Vitória (26,41%), Rio de Janeiro (20,77%) e Brasília (20,48%).

Em fevereiro, o preço do arroz caiu em 10 cidades. Curitiba (-6,22%), Recife (-5,40%) e Aracaju (-4,80%) apresentaram as maiores reduções. Em Vitória e no Rio de Janeiro, não houve alteração e cinco capitais apontaram alta, particularmente Porto Alegre (6,99%) e Salvador (3,75%). Todas as 16 capitais registraram, em 12 meses, elevação no preço do arroz, com variações que vão de 22,22%, apurada no Rio de Janeiro, a 45,26%, em Porto Alegre. A forte seca que vem ocorrendo no Rio Grande do Sul, maior estado produtor de arroz, reduziu a produtividade e vem provocando a alta no produto, principalmente em Porto Alegre. Ainda assim, a safra 2008/2009 foi bem melhor do que a do ano anterior, o que deve aprofundar o barateamento do produto, o que já começou a ocorrer em fevereiro.

A farinha de trigo, cujo preço só é acompanhado no Centro-Sul do país registrou queda em oito das nove localidades pesquisadas. Somente em São Paulo houve pequeno aumento (0,63%) e as quedas mais relevantes ocorreram em Belo Horizonte (-11,47%) e Brasília (-5,67%).
O número de produtos com alta foi maior, mas ou ocorreu em itens de menor peso na cesta, ou houve predomínio de variações baixas, que foram compensadas pelo comportamento dos demais preços.

Dezesseis localidades apresentaram alta no preço do açúcar, no último mês, com destaque para Salvador (28,83%), João Pessoa (18,97%), Fortaleza (17,70%), Belém (16,78%) e Aracaju (15,97%). A única redução foi apurada em Belo Horizonte (-21,05%), capital onde 12 dos 13 produtos que compõem a cesta tiveram queda em fevereiro. Em 12 meses, o açúcar subiu em 15 capitais, com altas mais acentuadas em Goiânia (54,43%), João Pessoa (53,33%) e Fortaleza (43,01%). Também neste caso o único recuo verificou-se na capital mineira (-11,11%). A safra da cana-de-açúcar foi boa no Sul e Sudeste e o Nordeste ainda está colhendo o produto. Além disso, com a redução do crédito nos países importadores, deve haver maior estabilidade no preço no Brasil.

A alta no preço do óleo de soja, em fevereiro foi apurada em 14 localidades, em especial em Recife (7,66%), Porto Alegre (4,68%) e Brasília (4,08%). Pequenas variações negativas verificaram-se em Vitória (-0,38%), São Paulo (-0,80%) e Belo Horizonte
(-1,15%). Em comparação com fevereiro de 2008, o óleo está mais barato hoje em 15 cidades, com quedas que variaram entre -6,07%, em João Pessoa e -19,66%, em Goiânia. Só houve alta em Salvador (4,03%). A safra foi boa e a exportação diminuiu em função da crise de crédito, o que barateou os preços internos.
A manteiga ficou mais cara em 12 capitais e as maiores altas ocorreram em Recife (17,60%), Porto Alegre (6,37%) e Brasília (6,26%). Dentre as cinco localidades com redução, as mais expressivas foram anotadas em Manaus (-4,47%) e Belo Horizonte (-4,39%). No período anual, foram apuradas elevações em 11 cidades, com altas que se situam entre 1,89%, em Vitória e 28,99%, em Salvador.

O leite - cuja pesquisa agora inclui o produto tipo longa vida integral devido à redução da oferta do leite tipo C - registrou alta em nove localidades, principalmente em Recife (26,95%), Curitiba (21,93%), Natal (21,26%) e João Pessoa (20,99%) Os preços mantiveram-se inalterados em quatro cidades e outras quatro registraram queda, a mais significativa em Belo Horizonte (-6,96%). Em 12 meses, os aumentos foram observados em 13 regiões, com altas que se situaram entre 2,53%, no Rio de Janeiro e 37,66%, em Recife. As retrações ocorreram em Brasília (-8,08%), Belo Horizonte (-7,39%) e Salvador
(-1,95%). Boa parte destes aumentos foi causada pela introdução, na pesquisa, do leite tipo longa vida. No entanto, no período atual há maior produção de leite, e assim, nos próximos meses as variações refletirão a acomodação, uma vez que a comparação entre um mês e outro já será com o mesmo tipo de embalagem.
A carne bovina, produto de maior peso na cesta, não apresentou predomínio de um tipo de comportamento, em fevereiro. Houve aumento em oito capitais - com destaque para João Pessoa (10,20%) -, estabilidade em duas, e retração em sete, a maior ocorrida em Belém (-3,76%). Em relação a fevereiro de 2008, a carne apresenta alta em todas as 16 capitais, com aumentos que variam de 3,47%, em Belém, a 34,15%, em João Pessoa. Como as pastagens estão em ótimas condições e o solo com boa capacidade hídrica, a oferta do produto tende a aumentar.
Também o pão registrou um comportamento relativamente equilibrado, com aumento em oito cidades, variação nula em duas e queda em sete. No período anual houve alta em 16 capitais, com variações que vão de 1,01%, em Fortaleza a 23,36%, em Recife. As turbulências da crise internacional afetaram o mercado do trigo, matéria-prima de sua fabricação, cujo preço internacional está elevado.

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