Polícia consegue elucidar 72,9% dos assassinatos ocorridos em Aracaju este ano

30/09/2015 18h59
Polícia consegue elucidar 72,9% dos assassinatos ocorridos em Aracaju este ano
A8SE

Aracaju tem o maior índice de resolução de homicídios do Brasil, levando em consideração números registrados em capitais e regiões metropolitanas. Os Dados são do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).  Em 2008, foram concluídos 144 inquéritos policiais, dos quais 105 terminaram com autoria confirmada, ou seja, a polícia sergipana conseguiu identificar 72,9% dos assassinatos cometidos em Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, o que contabiliza um nível de porcentagem registrado apenas na capital sergipana.

Os dados mostram ainda que 39 inquéritos (27,1% do total) foram concluídos com autoria ignorada, sem identificar os responsáveis pelo homicídio. Na prática, a cada dez assassinatos investigados pelo DHPP, sete foram elucidados, o que para a polícia é fundamental, a fim de evitar novos homicídios. De acordo com o coordenador do DHPP, delegado Cristiano Barreto, o percentual comparativo dos dados estatísticos da Polícia Civil revela uma queda de 9% no total de homicídios registrados de 2006 até 2008 em Sergipe.

"De 2006 a 2008, houve uma redução de 16% na capital e de 12% no interior. Enquanto que de janeiro a novembro deste ano foram computados 459 homicídios no Estado, no mesmo período de 2007, esse índice foi de 471 e, em 2006, chegou a 504", disse o delegado.

A fórmula do sucesso sergipano foi revelada ao subsecretário pelo delegado Joel Ferreira, então responsável pela adoção de um modelo de especialização exclusiva em agosto de 2003. O delegado explicou que as principais medidas referem-se à obrigatoriedade de um delegado de polícia em todas as fases da investigação, implantação de equipes distintas para o local de crime e para a investigação (equipe de captura), alocação de recursos materiais e humanos, estímulo à denúncia anônima, por meio do disque-denúncia, entre outros.

Outro ponto destacado pelo delegado foi a padronização do serviço cartorário, através da qual foi estimulada a interação com os juízes e com o Ministério Público, avaliação dos resultados, através da divulgação de estatísticas e estímulo aos policiais. "Pudemos observar que o modelo adotado no DHPP leva em consideração as peculiaridades de cada local. Talvez este seja o grande diferencial", destacou o subsecretário.

 

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