Petroleiros reivindicam pagamento de PLR

30/09/2015 19h02
Petroleiros reivindicam pagamento de PLR
A8SE

Um manifesto dos profissionais do Sindipetro - Sindicato dos Petroleiros de Sergipe, na manhã de hoje, 23, lotou a Rua Acre, no Siqueira Campos, onde funciona a sede do sindicato. Cerca de 400 funcionários da Petrobrás participaram do movimento intitulado "Ato pelo pagamento da PLR já!", reivindicando 25% do lucro dos acionistas da Petrobras, como reza a Lei 10.101, do ano de 2001.

Segundo o Diretor Jurídico do Sindipetro Alealdo Ilário dos Santos, o lucro da Petrobrás no ano de 2008 chegou a atingir o montante de 22 bilhões de reais. Desse valor total os acionistas da Petrobras têm direito a 7 bilhões, sendo que deste último dividendo, 25% deve ser repassado para os petroleiros, o que corresponde a 2 milhões de reais, mas até agora, esse valor não foi repassado para os trabalhadores. "O repasse do lucro, conforme o acordo coletivo firmado entre a empresa e petroleiros no ano de 2008, garantiu que a primeira parcela do dinheiro seria repassado para nós no último dia 10, e isso não aconteceu. Fomos as ruas e a única coisa que a empresa nos adiantou é que por conta da crise financeira, a primeira parcela da PLR só será paga no mês de abril", revela.

Outra problemática enfrentada pelos petroleiros, que entrou em pauta durante o protesto na manhã de hoje, 23, foi a responsabilidade sobre o índice de acidentes fatais, que recaem sobre os trabalhadores que autorizam a permissão do trabalho, e não sobre a empresa. "A categoria considera que a responsabilidade sobre os acidentes que ocorrem com os petroleiros terceirizados deve recair sobre a empresa, como diz a CLT, e não sobre os aqueles funcionários que são obrigados a assinar a emissão de permissão de trabalho, não queremos nos responsabilizar com os acidentes que ocorrem", pontua.

O diretor do Sindipetro Alealdo Ilário adiantou que a indignação da categoria será expressa em massa na Pesquisa de Ambiência aplicada pela Petrobrás anualmente, com o objetivo de identificar se a política de Recursos Humanos é satisfatória para os trabalhadores. "Nós petroleiros, iremos ser sinceros. Vamos dar nota baixa para a segurança oferecida pela empresa, para o acordo coletivo firmado entre os trabalhadores, que não foi cumprido, e ao acédio moral contra nós trabalhadores, que somos obrigados a nos responsabilizar pelos acidentes com mortes fatais que ocorrem. Isso vai de encontro com a norma legislativa brasileira CLT e precisamos por um fim nisso", alega. Segundo o diretor do Sindipetro, todo mês, ocorre pelo menos um acidente de petroleiros terceirizados.

 

 

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