Sergipe

Operação “Olhos de Águia”: Polícia Federal cumpre mais dois mandados

Na manhã desta sexta-feira (27) a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão na capital sergipana. A ação foi uma consequencia da Operação "Olhos de Águia", deflagrada em março deste ano com o objetivo de desarticular uma quadrilha que fraudava licitações no município de Brejo Grande.

De acordo com a Polícia Federal, os mandados de busca foram cumpridos na residência de um empresário e em um escritório de uma Construtora. Foram arrecadados no escritório vários documentos, um computador, mídias, carimbos, anotações de contabilidade, documentos de diversas empresas construtoras de Sergipe e um processo licitatório original de uma Prefeitura do Estado.

Segundo o delegado Carlos Cesar Pereira, que coordenou a Operação, os documentos apreendidos levantam suspeitas de diversas outras fraudes ocorridas em processos licitatórios, em cerca de vinte e seis prefeituras municipais do Estado.

"Olhos de Águia"

A Operação ocorreu no dia 16 de março de 2011 e contou com a participação de cerca de 50 policiais federais. Na ocasião foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva nas cidades de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Brejo Grande, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife.

Figuraram entre os alvos das buscas a sede da prefeitura municipal de Brejo Grande, os escritórios da prefeitura de Brejo Grande em Aracaju e da empresa que presta assessoria contábil à municipalidade, além das residências do Prefeito Municipal na cidade do interior e na capital sergipana.

A operação é fruto de cerca de dois meses de trabalho investigativo, que constatou irregularidades em licitações e procedimentos de dispensa de licitação para construção de obras públicas no município de Brejo Grande. As fraudes eram cometidas de duas formas. Em uma primeira modalidade, eram montadas licitações na modalidade convite com participação de uma empresa real e outras duas empresas fantasma; no segundo tipo de fraude, aproveitou-se a decretação de estado de emergência no Município para dispensar licitação e contratar diretamente empresa fantasma que subempreitou a obra a uma outra empresa, mediante pagamento de propina.

A soma dos valores dos contratos supostamente fraudados ultrapassa a cifra de R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais), nos anos de 2008 a 2010.

Com informações da PF