Médicos do município param atividades nessa segunda-feira

30/09/2015 19h10
Médicos do município param atividades nessa segunda-feira
A8SE

Por conta do desconto salarial durante o período em que estiveram em greve, os médicos municipais que atendem nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nos dois hospitais da cidade voltam a paralisar atividades nesta segunda (04).

"Vamos voltar a nos reunir em assembléia para avaliarmos a decisão do gestor municipal. Ele precisa entender que o trabalhador tem o direito de fazer greve", declarou o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), José Menezes.

Segundo ele, o que tem desagradado à classe médica é o fato de tão logo a greve ter sido decretada ilegal pelo desembargador de plantão do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, Cezário Siqueira Neto, os médicos terem retornado ao trabalho e mesmo assim, a redução salarial prevaleceu.

De acordo com a assessora de comunicação do Sindimed, Mércia Oliva, houve desconto na folha salarial inclusive de médicos afastados por conta de tratamento de saúde. Ela disse ainda que na manhã da próxima segunda-feira, os médicos farão assembléia para verificar a viabilidade de prosseguir ou suspender a paralisação. "Será um momento de avaliação das atividades até aqui", informa.

Contraproposta

Como contraproposta, a prefeitura de Aracaju teria proposto aos médicos, repor as horas paradas durante a greve da categoria, que durou de 3 de março a 9 de abril. A idéia seria que os médicos realizassem durante três meses duas consultas diárias adicionais; uma visita domiciliar semanal adicional; e compensassem também as horas trabalhadas durante as campanhas de saúde pública.

A prefeitura propõe ainda que o controle da agenda fique a encargo da UBS de cada bairro, responsável por registrar cada atendimento no livro de ocorrências. Esta proposta prega o repasse financeiro dos médicos num prazo de três dias após a assinatura do acordo.

Números

Dados da secretaria Municipal de Saúde (SMS) dão conta de, durante a greve dos médicos, 28.431 horas deixaram de ser trabalhadas, o que resulta um número de 55.246 consultas não realizadas e 1.418 visitas domiciliares sem acontecer. Este universo é relativo aos atendimentos não realizados pelos 140 médicos da Rede de Atenção Básica (Reab) e 71 médicos da Rede Especializa

Com informações da AAN

 

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