Mágicos e equilibristas retratam insatisfação de professores da rede estadual

30/09/2015 19h03
Mágicos e equilibristas retratam insatisfação de professores da rede estadual
A8SE

 

Protesto dos professores do Estado

O circo está armado no calçadão do centro comercial de Aracaju. O cenário faz parte do ato público promovido pelos professores da rede estadual de ensino contra a política salarial imposta a categoria pelo governo do Estado. Em cena, professores trajando becas e pintados de palhaço, equilibristas, mágicos, uma tenda de ilusões e um desafio: enxugar gelo. Quem conseguir embolsa a quantia de R$ 950, valor referente ao piso nacional do magistério.

Figuras circenses dão foco ao protesto


A brincadeira em tom sério tem como objetivo mostrar à sociedade de forma divertida, mas realista, a situação enfrentada pelos professores do Estado. "O secretário de Estado da Educação, José Fernandes de Lima vem enxugando gelo quando o assunto em questão é a implantação do piso salarial da categoria", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Síntese), professor Joel Almeida.
Os professores querem que o governo do Estado cumpra a lei e que todo o magistério estadual receba piso. "Da forma como foi implantado, os professores com formação em nível superior, que compõe algo em torno de 96% do número de docentes da rede estadual, foram excluídos e não receberam o piso. Os 4% restantes que possuem formação em nível médio receberam apenas um abono para completar os R$950 do piso, mas não da forma que diz a lei", explica o sindicalista.

Enxugar gelo:menção a ação do governo

Para o sindicato o método como a Secretaria de Estado da Educação implantou o piso também desrespeitou todo o processo de negociação que tinha começado em agosto do ano passado. "Passamos seis meses discutindo a forma de o piso ser implantado na rede estadual, quando esperávamos uma proposta concreta da Secretaria para que pudéssemos discutir com a categoria descobrimos todas as conversas foram em vão. Fomos enganados", enfatiza Joel Almeida.
Esse é o primeiro ato e foi deliberado na assembléia realizada no último dia 05, pelos professores da rede estadual e servirá como mobilização para a greve por tempo indeterminado marcada para o dia 09 de março. O próximo manifesto já tem data marcada. Será no próximo dia 18 em frente à Secretaria de Estado da Educação, ressalta o presidente do Síntese.

 

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