[VÍDEO] Mães de crianças neurodivergentes ocupam prédio da Prefeitura de Aracaju e cobram políticas públicas
Grupo com mais de 100 pessoas, entre mulheres e crianças, pede atendimento adequado e passe livre para deslocamentos a consultas e terapias
Um grupo com cerca de 110 pessoas, formado majoritariamente por mães de crianças atípicas e neurodivergentes, ocupou na noite de terça-feira (11) o prédio da Prefeitura Municipal de Aracaju. O protesto busca chamar a atenção para a falta de políticas públicas voltadas ao atendimento especializado e à inclusão.
Entre as principais reivindicações estão a criação de espaços especializados para o tratamento de crianças neurodivergentes e a implantação do passe livre para mães que acompanham os filhos em consultas e terapias.
Na manhã desta quarta-feira (12), novas manifestantes tentaram entrar no prédio, mas permaneceram do lado de fora. De acordo com relatos, alimentos foram entregues aos ocupantes por cima do muro da prefeitura.
À frente do movimento está Viviane Cristina dos Santos, moradora do bairro Lamarão. Ela afirma que o grupo decidiu permanecer no local até obter respostas concretas do poder público.
“Estamos lutando pelos nossos filhos. Não sairemos sem respostas”, declarou Viviane.
Um porta-voz da Prefeitura de Aracaju esteve no local e afirmou que a prefeita Emília Corrêa está aberta ao diálogo, desde que os manifestantes formem uma comissão para apresentar formalmente as pautas.
Em nota, a prefeitura informou que, na manhã de terça, moradores do Residencial Carlos Pinna, no bairro Lamarão, já haviam se reunido no auditório do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos para tratar do mesmo tema.
Segundo o comunicado, uma equipe de secretários municipais se reuniu com os manifestantes e solicitou a indicação de representantes para dialogar diretamente com a prefeita e gestores das áreas envolvidas o que, até o momento, não teria ocorrido.
A nota também destaca que Emília Corrêa já recebeu os moradores do residencial em outras ocasiões, discutindo demandas como a construção de uma Unidade Básica de Saúde, melhorias no CRAS, transporte escolar e atendimento a crianças com necessidades especiais.
Por fim, a prefeitura classificou a nova pauta sobre a criação de um hospital neurodivergente como uma demanda recente e apontou possível “caráter político” na mobilização. Ainda assim, reforçou o compromisso com o diálogo democrático e com a busca de soluções conjuntas para as necessidades da população do Lamarão e do Residencial Carlos Pinna.
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp
Mais vídeos
SMTT realiza ações de conscientização contra a violência no trânsito em Aracaju
Confira os destaques policiais nesta quarta-feira (12)
Famílias ocupam a prefeitura de Aracaju
Prefeitura de Aracaju entrega reurbanização da Praça do Francão, na Zona Sul da capital