João Alves volta a falar sobre transposição

O ex-governador de Sergipe, João Alves Filho (DEM) voltou a condenar o polêmico projeto de transposição do rio São Francisco. Foi durante palestra no Fórum de Lideranças em Brasília.

30/09/2015 19h03

O ex-governador de Sergipe João Alves Filho falou ontem (10) à noite, durante  IV Encontro de Lideranças do Conselho Nacional de Arquitetura e Agronomia (Confea), em Brasília, sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco. O assunto foi discutido com o consultor do Projeto da Integração do São Francisco junto ao Ministério da Integração Nacional Francisco, Jácome Sarmento. O ex-governador sergipano fez uma crítica ao termo "Nordeste Setentrional", porque no seu entendimento "divide a região que sempre foi unida".

João disse que "os defensores da transposição falam ainda que a gente não quer doar uma cuia d`água para os irmãos que sofrem com a seca. Isso não é verdade. Eles querem transpor água de um rio que está morrendo", criticou o ex-governador que é um estudioso do assunto.

Ele explicou que um rio morre pela foz e o São Francisco já está sem forças, de maneira que a água do mar invade e é possível pescar peixes de água salgada 145 quilômetros rio adentro. "A salinização é a primeira etapa, depois teremos a seca do rio que vai atingir o abastecimento de 60% dos habitantes de Aracaju", informou, acrescentando que já viu vários rios morrerem por causa de transposições.

João Alves apontou como alternativa à transposição, a disponibilidade de água doce encontrada no subsolo dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte e que se constitui na maior reserva exclusivamente brasileira, embora atualmente, apenas 4% de sua capacidade esteja sendo aproveitada para uso humano e animal. "Outra alternativa é tornar eficiente o sistema de açudes, que destacam mundialmente o semi-árido brasileiro como possuidor da maior reserva de água acumulada em construções pelo homem", citou.

 

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