Instituições recebem alimentos doados por foliões
Cerca de cinco mil quilos de alimentos adquiridos através da troca de abadás do bloco foram encaminhados às casas de apoio Bom Samaritano e Janaína Dutra, instituições que assistem pessoas com HIV/AIDS.
Alimento doados para instituições Garcez)
Passados os momentos de folia do Pré-Caju, o Bloco da Prevenção entra novamente em cena. Desta vez, para consolidar um segundo objetivo da Secretaria de Estado da Saúde: reforçar a doação de alimentos feita por instituições que assistem pessoas com HIV/AIDS.
Cerca de cinco mil quilos de alimentos adquiridos através da troca de abadás do bloco foram encaminhados às casas de apoio Bom Samaritano e Janaína Dutra, conforme divulgado anteriormente, e ainda ao Serviço Ambulatorial Especializado (SAE), que funciona no Cemar Siqueira Campos. Nos primeiros anos, a coordenação do bloco cobrava uma pequena taxa para a aquisição do abadá e doava o valor arrecadado ao antigo Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS (GAPA). Depois, decidiu-se beneficiar organizações não governamentais e o SAE com alimentos não perecíveis.
A Casa de Apoio Bom Samaritano, por exemplo, recebe os itens há três anos. "Desta vez, recebemos em torno de 90 quilos de arroz e feijão, além de 60 pacotes de leite em pó", informou Luzimare Matos, coordenadora interina da ONG, que atualmente garante hospedagem e alimentação a seis pessoas, mas possui capacidade para abrigar 12.
Por garantir assistência médica a um público maior, ao SAE foi encaminhada uma quantidade superior de alimentos, suficiente para formar 400 pacotes. "Eles serão entregues conforme os pacientes forem se dirigindo ao Serviço para buscar a medicação", garantiu a gerente Maria das Graças Oliveira. Uma das pessoas já contempladas é Gidenaldo Santos, 45 anos. Assistido pela unidade há quatro anos, ele considera a doação de grande valor para todos aqueles que se encaixam no perfil da população carente. "Se a gente vem buscar é porque realmente precisa. Nesse momento, por exemplo, estou desempregado", disse Gidenaldo.
De acordo com o responsável técnico pelo Programa Estadual de DST/AIDS, Almir Santana, em alguns casos, a doação de alimentos representa adesão ao tratamento. "Por passarem dificuldades financeiras, há pessoas que até deixam de procurar o serviço; sob esse ponto de vista, a cesta básica é fundamental para se estabelecer um vínculo com o paciente", declarou Almir, acrescentando que, embora os alimentos doados não correspondam aos itens completos de uma cesta básica, a colaboração da SES serve para reforçar as ações das instituições que trabalham com esse público.
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