Insegurança afasta turistas e assusta comerciantes

30/09/2015 19h00
Insegurança afasta turistas e assusta comerciantes
A8SE

 

Praça Olímpio Campos (Foto: Douglas Magalhães)

Se a praça principal de uma cidade pode ser considerada seu cartão-de-visita, Aracaju está mal na foto. A Praça Olímpio Campos, uma das mais movimentadas da capital é também uma das mais inseguras. A ação de bandidos assusta comerciantes e transeuntes. A falta de segurança é sentida, principalmente pelos fiéis que freqüentam as missas na catedral Metropolitana.

 

A aposentada, Maria das Mercês, 68 anos, conta que estava dentro da Igreja, quando teve a bolsa furtada. "Estava rezando e quando abrir os olhos percebi que a bolsa não estava mais no banco", disse. Maria Mirlane de Jesus também costuma freqüentar a missa, mas hoje garante que está bem mais atenta. "Fui roubada duas vezes quando saia da missa no final da tarde. Agora sempre vou acompanhada. É mais seguro", afirma.

Em julho do ano passado, um fato chamou a atenção pela ousadia do bandido e refletiu o tamanho da insegurança na área. A urna para recebimento dos dízimos foi roubada por um homem que se fez passar por padre. Uma semana antes, a porta da igreja foi arrombada e levaram bebedouros e itens de pequeno porte. Desde então, o pároco da Catedral, Padre Jerônimo, vem pedindo reforço policial.

Prç. Olímpio Campos (Foto. Douglas Magalhães)

 

O problema também afeta os comerciantes. Eles denunciam que os furtos são freqüentes. Em determinados horários, a Praça também serve de ponto de encontro de drogados. "A situação ficou ainda mais grave com a desativação do Posto Policial que funcionava nas imediações", disse um comerciante que prefere não se identificar. Ele afirma que seu estabelecimento já foi arrombado. "Levaram caixas de cerveja e alguns objetos de pequeno valor. Não prestei queixa porque nunca dar em nada. A gente só faz é perder tempo", afirma.

A artesã, Ana Cristina de Oliveira Santos, lamenta a falta de segurança. "Estamos na alta estação, um período que os turistas chegam à cidade e segurança é fundamental. Aqui na Praça sofremos com a ausência da polícia", disse.

 

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