Falta de estrutura desafia educação em Sergipe
A falta de investimentos é retratada no cenário de abandono e descaso em várias escolas da rede estadual (Ascom/Sintese)
Hoje, 15 de março, comemora-se o Dia da Escola. Em Sergipe, a falta de estrutura compromete as atividades curriculares na maioria das unidades de ensino da capital e do interior do Estado. Muitas unidades escolares não iniciaram o ano letivo por falta de carteiras escolares e de professores, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Síntese). A situação chegou a ponto do Ministério Público Estadual determinar o fechamento de algumas escolas.
De acordo com a entidade sindical, a grande maioria enfrenta problemas que dependem de licitação, dotação orçamentária e de contratação de pessoal. Professores e alunos são prejudicados, devido ao abandono das instituições que não oferecem condições básicas de funcionamento.
Material pedagógico empilhado (Ascom/Sintese)
A Escola estadual Presidente Castelo Branco é um dos exemplos do descaso com a Educação. "A unidade está deteriorada", afirma o diretor de Comunicação do Síntese, Roberto Silva Santos ao acrescentar as Escolas 8 de Julho; Francisco Rosa; Augusto Ferraz; Manoel Bomfim também enfrentam o mesmo problema", enfatiza o sindicalista.
Em dois anos, o Governo Déda, só reformou 11 escolas das 401 existentes no Estado, afirma a diretoria do Síntese. "É difícil trabalhar em um lugar que não oferece a mínima estrutura de trabalho e ainda ganhar um salário miserável. Como esperar mais da educação pública se não há valorização da categoria?", questiona Roberto Silva.
Em muitas escolas as salas de aula não oferece condições adequadas de aprendizagem (Ascom/Sintese)
De acordo com o sindicalista, os diretores das escolas enviam ofícios relatando os problemas estruturais enfrentados nas unidades de ensino para a Secretaria de Estado da Educação, mas a solução demora a chegar. "Muitas vezes não há como providenciar as melhorias necessárias por falta de material. Além disso, existe toda a questão burocrática. Resultados, em algumas situações não há como esperar e o jeito é tirar dinheiro do próprio bolso para fazer a manutenção que precisa. É assim que tem funcionado", lamenta o sindicalista.
Manifesto
Nessa segunda, dia 16, o Sindicato fará no calçadão da João Pessoa, uma exposição mostrando a situação precária das escolas públicas estaduais. Nossa greve não é somente pelo piso, mas por toda uma mudança na política educacional. As escolas estão num estado tão ruim que o Ministério Público já solicitou o fechamento de algumas unidades escolares ", disse o vice-presidente, Carlos Sérgio Lobão".
O perfil das escolas públicas também está sendo analisado pelo Departamento de Geografia da UFS. O resultado deverá sair no segundo semestre deste ano.
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