Déda não descarta exoneração de Magno

30/09/2015 19h10

O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT) revelou hoje (3) que já solicitou o resultado do Inquérito Policial Militar (IMP) que investigou a fuga do soldado Giuseppe Amaral e o coronel da Polícia Militar, Alberto Magno Silvestre pode ser afastado do cargo, caso seja comprovada a sua participação no caso.
"Eu pedi uma cópia do Inquérito para examinar a questão, avaliar a posição da Procuradoria Geral do Estado e encaminhar os seus resultados à Auditoria Militar", avisou Déda, em entrevista ao Jornal da Cidade.

O governador acrescentou ainda que se a Auditoria indiciar o comandante, seu afastamento será automático. "É regra: aquele que está respondendo a um Inquérito Militar não pode continuar no comando da instituição", alertou. "A primeira parte foi, digamos, o trabalho de recolher indícios. A competência para indiciar é da Auditoria Militar. Se isso for feito através do Ministério Público, haverá afastamento", observou.

Déda também negou que tenha convidado o ex-comandante da PM, Pedro Paulo para assumir o cargo. "Desde que eu entrei no governo do Estado que eu não tive nenhum contato com o coronel Pedro Paulo. Creio que não o encontrei desde que sou governador. Ele é um oficial pelo qual tenho o mais profundo apreço e respeito profissional, pelo excelente comando e pelas missões que desempenhou no Exército Brasileiro, inclusive no Haiti, comandando tropas da ONU. É um oficial da melhor qualidade, mas não tenho a oportunidade de conversar com ele há muito tempo", garantiu.

O governador revelou ainda a sua preocupação com os problemas da área de segurança pública, inclusive a indisplina da Polícia Militar. "Mas também a própria sensação de insegurança que ainda existe. Não é por falta de investimentos; os investimentos maciços que meu governo realizou, investimentos históricos, sem paralelo na historia do Estado de Sergipe, seja em tecnologia, em equipamentos, em armamentos, em materiais, em veículos, seja na política de pessoal. Essa angústia é natural, pois a gente sente o drama da sociedade".

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