Sergipe

Comerciantes denunciam abandono

Mercado Albano Franco (Foto:Tamires Franci)

No mercado Albano Franco uma polêmica tem revoltado comerciantes: o abandono reina em vários boxes de vendas no 1º piso. No lugar de comércio, ocorrem jogos de mesa e prostituição. Enquanto isso, vendedores trabalham em um espaço superlotado, no térreo.

Apenas dois comerciantes aceitam o desafio de enfrentar o abandono. Uma delas é a vendedora de carne Vânia Dias Oliveira, de 47 anos de idade. Segundo ela, o local de desprezo reduz a procura pelo produto. "Aqui, ficamos às moscas, não vamos lá pra baixo por quê, além do aperto é muita falta de higiene", argumenta.

Superlotação (Foto:Tamires Franci)

O outro comerciante Wilson Mendonça, de 65 anos, trabalha no mercado municipal há 10 anos, desde quando o prédio foi reformado. Segundo ele, o espaço foi mal projetado. "Quem projetou esse mercado nunca fez feira. Eu lembro que cada departamento desse tinha um box, mas, aqui, foi tão mal projetado que nenhum consumidor sabia que esse espaço existia e os comerciantes que vendiam aqui, foram para o térreo por quê estavam tendo prejuízo", relata.

O comerciante também denuncia um problema maior. "No período da tarde e da noite, aqui se torna lugar de bêbado, jogos de mesa e prostituição. Como se não bastassem, usam os balcões abandonados para defecar", denuncia o comerciante.

Wilson Mendonça-vendedor (Foto: Tamires Franci)

No térreo do mercado municipal, não é difícil constatar a superlotação de boxes de venda de carne. Os comerciantes que antes vendiam no 1º piso dividem espaço com aqueles que já estavam na área superior. É o caso do vendedor de carne Florisvaldo Mendonça, de 50 anos. "Lá em cima, não presta pra nada! Não dá nem pra vender meio kg de carne. Eu estava no prejuízo por que não tinha movimento e mudei para esse setor embaixo. Apesar do espaço ser apertado é melhor porque vendo", explica.

Florisvaldo-vendedor (foto:Tamires Franci)


CEAC


O supervisor do Mercado Municipal, Arnaldo de Andrade, de 49 anos, informou que neste ano de 2009, está na pauta da prefeitura de Aracaju, através da Secretaria de Planejamento, a construção de um CEAC, no mesmo local abandonado. Quanto à superlotação no departamento de carne, o supervisor do mercado considera um exagero dos comerciantes.