Começa mais uma campanha para erradicar doença na comunidade

30/09/2015 19h02
Começa mais uma campanha para erradicar doença na comunidade
A8SE

`Hanseníase, desmanche a mancha do preconceito`, é o tema da I Semana da Campanha de Intensificação de combate à doença lançada pela Secretaria Municipal da Saúde. As atividades serão desenvolvidas até o dia 30, quando se comemora o Dia Nacional de Combate a Hanseníase.

No município de Aracaju, no ano de 2008, 183 casos de hanseníase foram detectados dos quais 156 tiveram cura total, tendo um óbito e 06 casos que abandonaram o tratamento. "O abandono muitas vezes é devido aos efeitos adversos que a medicação provoca, que são chamados de reações hansênicas", diz o enfermeiro do PSF da USF Oswaldo Leite, Jackson Desidério e Silva, um dos colaboradores da campanha.

Fases para a cura

No diagnóstico e tratamento, o usuário do SUS com suspeita de hanseníase passa por três etapas: o primeiro passo é realizar os exames clínicos que analisam se as manchas têm ou não sensibilidade. Com os exames de sensibilidade dolorosa, térmica e tátil, já se pode verificar grande parte do diagnóstico, para uma maior comprovação, o usuário vai para a segunda etapa, que é a baciloscopia da linfa, que colhe uma amostra da linfa do lóbulo da orelha e do cotovelo. A terceira etapa é a biópsia de pele. Após o diagnóstico, todo o tratamento é feito na USF e os medicamentos são fornecidos gratuitamente.

Doença e preconceito

A hanseníase, mais conhecida por `lepra`, é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa), causada pelo Mycobacterium lepra, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado de discriminação e isolamento dos doentes. Nos dias de hoje, com os avanços da medicina, a doença pode ser tratada e curada. No SUS de Aracaju, as pessoas com hanseníase devem procurar a Unidade de Saúde mais próxima.

A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminado na família. No entanto é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância da realização dos exames não apenas do doente, mas também dos familiares que convivem com este.

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