Quatorze armas são apreendidas durante operação contra venda ilegal em Sergipe

Político e jogador de futebol são investigados no esquema criminoso.

Por Carolina de Morais, Portal A8SE 12/05/2023 07h35
Quatorze armas são apreendidas durante operação contra venda ilegal em Sergipe

Quatorze armas de fogo de diversos calibres e centenas de munições foram apreendidos durante uma operação deflagrada em Sergipe e na Bahia nessa quinta-feira (11). A ação também cumpriu sete mandados de prisão preventiva, sendo um policial militar, e 14 decisões judiciais de busca e apreensão.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, durante o cumprimento dos mandados, um homem apontado como líder do grupo criminoso e seu filho, operador do esquema, reagiram à abordagem policial. Eles foram baleados no confronto e não resistiram.

A investigação também apura participação de um político e de jogador de futebol de Sergipe no esquema criminoso.

Investigação

As investigações tiveram início há cerca de um ano a partir da prisão de um investigado por tráfico de drogas e homicídio, que era membro da organização criminosa. A comercialização era feita de forma clandestina e em larga escala. O grupo tinha forte atuação em Sergipe, Alagoas e Bahia, além de outros estados.

Conforme a apuração policial, os suspeitos faziam uso de armamento de grosso calibre, arregimentando servidores públicos, inclusive policiais e políticos, com objetivo de praticar crimes e garantir a impunidade, através da utilização de informações privilegiadas para obter lucro e poder criminoso.

Os “anúncios” e “comercialização” dos materiais bélicos ocorriam, principalmente, através de um aplicativo com troca de mensagens, imagens e vídeos dos objetos, negociações de preços e envio de comprovantes de depósitos das transações.

Um dos investigados chegou a movimentar para a organização criminosa cerca de R$ 150 mil, comercializando cerca de 23 armas de fogo. Há indícios de que os investigados cooptavam pessoas para adquirir, legalmente, armas de fogo e munições, as quais eram vendidas de maneira ilícita.

A operação recebeu nome de Underground, fazendo referência ao submundo do crime e remetendo a um grupo que atua fora da ordem ideológica, econômica, política e legal que constitui uma sociedade ou um estado.

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