Família de homem que invadiu batalhão questiona abordagem da polícia
Jovem, que tinha problemas psicológicos, foi morto após invadir batalhão.
No último sábado (04) Cléber dos Santos, de 31 anos, que possuía problemas psicológicos, invadiu o 10º batalhão da cidade de Nossa Senhora das Dores, brigou com policiais, tomou a arma de um deles e acabou morto. Família afirma que polícia poderia ter evitado a morte do jovem.
As informações primárias dos policiais dão conta que Cléber teria chegado ao batalhão para questionar sobre o paradeiro de um parente envolvido no atropelamento de uma mulher na região. Ao ser informado que o suspeito foi preso em flagrante e transferido para a delegacia, ele agrediu um dos policiais com um chute no rosto. Depois, Cléber teria iniciado uma luta corporal com outro policial, tomado a arma e disparado um tiro na perna do pm. Entretanto, a família traz uma nova versão.
Cléber sofria com depressão. Há três dias não se alimentava, só bebia água e não tomava banho. "Minha mãe, percebendo a situação do filho, falou comigo e disse para levar ele pra clínica", disse Luiz Alberto, um dos irmãos.
Na unidade hospitalar, enquanto aguardavam o atendimento, dois policiais chegaram com um homem que estava ferido e Cléber questionou o porquê o rapaz estava machucado. Os parentes teriam conseguido acalmá-lo e ele voltou a se sentar.
Diferente da versão policial, os familiares negam que as informações que Cléber queria era sobre um parente envolvido em um acidente de trânsito. "Não é parente nenhum", falou Luiz.
Na saída da clínica, ele largou os chinelos e saiu correndo. Os irmãos de Cléber foram em busca dele. Após procuras, descobriram sobre a morte do rapaz, mas afirmam contradições nos depoimentos.
Segundo outro irmão, Bruno, quando chegou em frente ao batalhão, um agente teria dito que ele estava lá dentro, sem citar o que aconteceu. Quando ele entrou em busca de Cléber, outros policiais negaram que ele estaria ali. Então, decidiu voltar para clínica. Foi lá, que descobriu a morte dele. Veja detalhes do depoimento no vídeo:
Cléber deixa dois filhos, e os familiares aguardam o esclarecimento dos fatos. "A gente só quer saber a verdade, o que realmente aconteceu dentro do batalhão, que a justiça seja feita", finaliza.
✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp