Primeira tripulação totalmente privada vai ao espaço

Equipe planeja realizar mais de 20 experimentos na missão.

Por Redação da Revista Oeste 09/04/2022 11h47
Primeira tripulação totalmente privada vai ao espaço
Foto: Reprodução/Divulgação

A primeira missão espacial totalmente privada partiu da Flórida nesta sexta-feira (8),. Lançada pela Space-X com quatro tripulantes, a operação Axion Space 1 (Ax-1) decolou às 12h17 (horário de Brasília).

Com destino à Estação Espacial Internacional, o ato é resultado de esforços da Nasa para promover um mercado comercial na órbita da Terra. Dessa forma, pretende-se iniciar uma nova era de exploração espacial, que permite que mais pessoas embarquem nas jornadas espaciais.

“Essa é a prova que a era do ouro dos voos espaciais comerciais chegou”, disse Bill Nelson, administrador da Nasa.

Os tripulantes

Os membros da Ax-1 que irão voar no foguete Falcon 9 são: Michael López-Alegría, ex-astronauta da Nasa; Larry Connor, empreendedor; Mark Pathy, astronauta particular; e Eytan Stibbe, ex-piloto de caça israelense.

López-Alegría trabalhou como astronauta da Nasa durante 20 anos. Agora, é o comandante da missão Ax-1. Connor é o piloto e Pathy e Stibbe serão especialistas em missões.

Por dentro da missão

A Ax-1 vai levar diversas pesquisas científicas e deverá conduzir mais de 20 experimentos em ciência, educação, entre outras áreas. A missão vai durar dez dias, sendo que a tripulação passará oito dias na Estação Espacial realizando pesquisas científicas.

Três dos tripulantes pagaram pelos assentos, desembolsando mais de US$ 50 milhões para viajar até o complexo espacial. A Ax-1 planeja criar a Axiom Station, primeira estação espacial comercial na órbita da Terra. Se tudo der certo, a nova estação será lançada até 2024.

Experimentos científicos

Larry  Connor, um dos tripulantes, irá trabalhar em parceria com algumas clínicas desenvolvendo pesquisas sobre o coração, células senescentes e ressonâncias magnéticas, para verificar se voos espaciais afetam os tecidos da espinha vertebral e do cérebro.

Mark Pathy vai atuar em projetos de pesquisa que representam universidades, startups e instituições de saúde. Um dos projetos é o “holoporte”, que permite que os usuários se comuniquem de maneira remota por projeções tridimensionais, como um holograma.

Além disso, ele vai liderar pesquisas para um hospital infantil, estudando dores crônicas e distúrbios do sono. Ele também vai observar a Terra para entender melhor os efeitos do aquecimento global.

Entre outros experimentos, está o projeto Tessellated Electromagnetic Space Structures for the Exploration of Reconfigurable, Adaptive Environments (Tesserae), que vai testar tecnologias para uso de robôs para construções de objetos, em especial, estações espaciais.

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