Caminhada pede o fim da violência sexual

30/09/2015 21h04
Caminhada pede o fim da violência sexual
A8SE

Na tarde desta sexta-feira (18) uma grande caminhada pelas principais ruas do Centro comercial da cidade, foi realizada para pedir o fim da violência sexual contra crianças e adolescentes. A caminhada teve como ponto de concentração a praça da Bandeira e seguiu pela avenida Barão de Maruim, rua Itabaiana, Calçadão da João Pessoa e encerrou-se na praça Fausto Cardoso.

Liderada pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), o ato contou com a participação de cerca de mil pessoas, celebrando o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra a Criança e o Adolescente. A data serve também para que a sociedade não se esqueça do caso Araceli. "Neste 18 de maio, relembramos o crime mais hediondo de violência sexual, que teve como vítima a garota Araceli, que foi estuprada e morta violentamente", salientou o coordenador do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Criança e Adolescente.

Mais de 200 casos

Atualmente, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) São João de Deus, assiste a 200 crianças vítimas de violência sexual, segundo informou a coordenadora da unidade, Magna Mendonça. "No Creas oferecemos atendimento psicossocial na perspectiva de que as vítimas possam superar essa violência", disse Magna Mendonça, acrescentando que a unidade dispõe de três psicólogos e quatro assistentes sociais para assistir crianças e adolescentes em situação de violação de direitos.

A conselheira tutelar do Terceiro Distrito, Tâmara Ribeiro Soledade Calazans, presente na caminhada, entende que atos públicos como o desta tarde têm contribuído para os avanços que se registram relativos às denúncias através do Disque 100. "Já é possível afirmar que a sociedade está perdendo o medo de denunciar e isso graças a mobilizações como esta que fazemos nesta tarde, quando procuramos conscientizar a população para não silenciar diante desse tipo de brutalidade", enfatizou.

A promotora Maria Rita Machado Figueiredo da 8ª Promotoria dos Direitos do Cidadão entende que já se avançou significativamente no combate a esse tipo de violência, mas acredita que é preciso ir mais além. "Precisamos que as políticas públicas amparem as vítimas e responsabilize os culpados", disse a promotora, informando que a grande maioria das vítimas clama que os seus agressores sejam punidos.

Com informações da PMA

✅ Clique aqui para seguir o canal do Portal A8SE no WhatsApp
Tags: