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Polícia Federal abre inquérito para apurar morte por asfixia na viatura da PRF em Sergipe

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a morte de um homem por asfixia dentro de um veículo da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Umbaúba, Região Sul de Sergipe. A ação foi registrada por testemunhas que passavam pelo local e os vídeos repercutiram nas redes sociais. Os dois policiais foram afastados. As informações são da Record TV.

A gravação mostra o momento exato em que um dos policiais segura a tampa do porta-malas da viatura e outro joga, dentro do espaço fechado, um gás lacrimogênio. Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi impedido de sair do local.

Segundo a PF, o inquérito policial vai investigar as circunstâncias da morte após abordagem na BR-101. "Diligências acerca do caso já foram iniciadas e a PF trabalha para esclarecer o ocorrido o mais breve possível", divulgou.

A Polícia Rodoviária Federal do estado lamentou o ocorrido e informou que foi aberto um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos. Os dois agentes foram afastados da função. De acordo com a corporação, o detido "passou mal" no trajeto entre o ponto da abordagem e a delegacia do município.

A vítima foi abordada e algemada por dois agentes da polícia enquanto conduzia uma motocicleta. A dupla colocou o homem dentro do porta-malas da viatura à força enquanto uma fumaça branca, não identificada, saía do veículo. Após alguns minutos, quando os policiais abrem a porta, o homem já está desacordado. Na gravação que viralizou, é possível ouvir os gritos do homem dentro da viatura.

Segundo familiares, Genivaldo de Jesus Santos tinha esquizofrenia fazia 20 anos e estava afastado do trabalho.

Meu sobrinho tava no local, foi em frente à oficina do meu sobrinho, todo mundo que chegava falava: 'Rapaz, não faça isso não, ele é conhecido, ele tem problemas mentais, toma remédio controlado'. Eles não queriam nem saber, queriam era matar.

disse um familiar de Genivaldo.

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal afirmou que as técnicas que foram utilizadas são de imobilização e os materiais têm menor potencial ofensivo. Inconformada, a família pede por justiça. "Não pode ficar assim, eles fizeram isso com um, daqui a pouco faz com outro e vai continuando assim. Somos 11 irmãos, minha mãe tem 75 anos e está em choque em casa", afirmou o familiar. Genivaldo deixa esposa e um filho.

Não pode ficar assim, eles fizeram isso com um, daqui a pouco faz com outro e vai continuando assim. Somos 11 irmãos, minha mãe tem 75 anos e está em choque em casa

afirmou.

Genivaldo deixa esposa e um filho.