José Aníbal diz que dissidência é "dor de cotovelo"

Um grupo de 19 parlamentares quer que a Executiva Nacional da legenda intervenha no assunto e promova uma nova disputa na bancada

30/09/2015 19h03
José Aníbal diz que dissidência é "dor de cotovelo"
A8SE

O deputado federal José Aníbal (PSDB-SP) negou nesta sexta-feira que vá atender às pressões dos dissidentes da bancada tucana na Câmara e renunciar ao posto de líder do PSDB na Casa. O deputado afirma que o assunto já está superado e qualificou como "dor de cotovelo" a tentativa de anular a votação que o reconduziu ao cargo.

Um grupo de 19 parlamentares quer que a Executiva Nacional da legenda intervenha no assunto e promova uma nova disputa na bancada. Os dissidentes acusam o líder de alterar o estatuto interno do PSDB para assegurar sua reeleição.

"É um desespero de alguns que ficaram extremamente frustrados porque não conseguiram sensibilizar a bancada", afirma Aníbal, que nega ter mudado o estatuto e que sua candidatura à liderança foi um pedido de parte da bancada. Ele foi eleito na presença de 37 dos 58 deputados e obteve os 37 votos. Porém, os demais 21 integrantes da legenda não compareceram à reunião convocada para a eleição do líder.

Na tarde desta sexta-feira, em reunião no diretório do PSDB em São Paulo, o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), que assinou a lista pela anulação da escolha, afirmou que o movimento pediu para o líder tucano renunciar e, com a negativa, iria reforçar o pedido.

Feldman, no entanto, está licenciado do cargo em Brasília e esteve na Câmara apenas para a eleição da Mesa Diretora da Casa. Logo em seguida, voltou a São Paulo onde é secretário municipal de Esportes. "O que nós acreditamos agora é que a bancada se reúna novamente e haja uma renúncia dele na liderança, para que possamos escolher outro nome, mesmo sendo do mesmo grupo da articulação majoritária, o problema é a questão da reeleição", afirma o secretário.

Aníbal afirma não acreditar que a dissidência vá prejudicar a unidade da oposição na Câmara. Segundo ele, a situação já está resolvida. "Sou líder do maior partido da oposição, se eles não seguirem a minha orientação, vão seguir orientação de quem? Do governo?", ironizou o deputado.

O grupo dos dissidentes, no entanto, promete se reunir novamente na semana que vem para discutir os rumos do movimento.

Fonte: Folha OnLine

 

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