Brasil

Helinho e SB trabalham em uma nova função

Os sergipanos Helio Justino e Ronaldo Nascimento se doaram muito, pela Seleção Brasileira de Handebol. Agora eles encaram uma nova realidade fora das quatro linhas, como técnico se destacam na nova geração de treinadores, que está surgindo na Liga Nacional de Handebol, entre eles, Gabriel Citton, da Luna ALG / Ordena / UCS, José Ronaldo do Nascimento, mais conhecido como SB e Helinho, da Metodista / São Bernardo e Marquinhos, da Unoesc / Orbenk / Chapecó.
Atletas que brilharam por muitos anos na Seleção Brasileira e que participaram de muitas edições da Liga como jogadores, agora disputam a competição pela primeira vez como técnicos. "É bem diferente você jogar e passar a informação para que outra pessoa resolva. Não intenciono voltar a jogar, mas às vezes ainda sinto vontade de entrar na quadra para mostrar como deve ser feito", conta SB, que atuou durante vinte anos na Seleção Brasileira.
SB parou de jogar na temporada passada e hoje muitos dos seus comandados foram seus companheiros de equipe. "Temos um ótimo relacionamento, mas o fato de ter jogado com a maioria deles ajuda e ao mesmo tempo, atrapalha. Alguns atletas ainda não sabem diferenciar a amizade da hierarquia, mas acredito que só vamos melhorar isso com o tempo", conta o treinador que tem 43 anos.

Hélio Justino, o Helinho, que é auxiliar-técnico de SB, na Metodista / São Bernardo, também tem vasta experiência na Seleção Brasileira, foram 17 anos defendendo o Brasil. E, segundo ele, o fato de ter sido jogador e de conhecer tão bem os atletas, tanto dentro, quanto fora das quadras, ajuda muito a lidar com o grupo.
"Temos uma relação bem aberta, o que facilita bastante as coisas. Nós escutamos o que eles têm a dizer sobre o que está acontecendo dentro da quadra e nós passamos a visão que temos aqui de fora e o trabalho fica completo", explicou o treinador de 37 anos.
No último ciclo olímpico, Helinho foi o capitão da Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e nas Olimpíadas de Pequim. "Enquanto jogador passei quatro anos aprendendo muito com o Jordi (Ribera, ex-técnico da Seleção) e suguei o máximo de informações através dos treinamentos, livros, cd`s. Agora com o Javier (Garcia Cuesta, atual treinador) também já fiz duas clínicas e pretendo seguir na mesma linha, além de fazer um curso para treinadores na Espanha. Acho que a qualificação é muito importante e essa nova geração de técnicos brasileiros está se preparando muito bem. Assim, creio que, no futuro, estaremos qualificados a comandar Seleção Brasileira Adulta", disse Helinho.