3 mil podem estar soterrados após tremor, diz Indonésia
ONU estima que 1.100 pessoas teriam morrido; governo confirma que 2.400 foram hospitalizados
30/09/2015 19h42
Moradores caminham em rua afetada pelo terremoto na Indonésia (AP)
O Ministério da Saúde da Indonésia afirmou nesta sexta-feira, 2, que cerca de 3 mil pessoas ainda estão soterradas desde o violento terremoto que atingiu o país há dois dias. Priyadi Kardono, porta-voz da agência governamental para desastres, disse que a morte de 715 pessoas foi confirmada e que outras 2.400 estão hospitalizadas. Na véspera, as Nações Unidas (ONU) estimou que até 1.100 pessoas teriam morrido por conta do tremor. O número deve aumentar nos próximos dias à medida que as equipes de resgates intensificam as buscas sob os escombros da tragédia. O porta-voz confirmou que mais de 20 mil prédios foram seriamente danificados ou destruídos. O foco dos trabalhos de resgate é a busca de sobreviventes. A Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV) disse que as regiões rurais próximas à cidade de Padang, cidade mais atingida na ilha indonésia de Sumatra, vivem uma situação de extrema gravidade, com muitos povoados totalmente devastados pelo terremoto. "A situação na cidade de Padang é ruim, mas não devemos esquecer as zonas rurais próximas, onde povoados inteiros ficaram devastados", assinalou Christine South, coordenadora de operações da FICV. Segundo o último balanço divulgado pelo subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, John Holmes, 1.100 pessoas morreram a causa do terremoto, mas South insistiu em que ainda fica muita gente sob os escombros dos edifícios destruídos, pelo que "espera-se que o número aumente". A ministra indonésia de Saúde, Siti Fadillah Supari, antecipou que o número final de mortos será de "milhares" devido à magnitude dos danos e que ainda não se contabilizaram às vítimas das áreas mais remotas. O responsável da Cruz Vermelha assinalou que cerca de 200 voluntários da organização trabalham na zona de Padang, entre eles 44 médicos, e que já se enviou uma carga de 2,5 toneladas de remédios, pacotes de comida, cobertores e outros artigos de primeira necessidade. Mas indicou que a maior parte da ajuda humanitária tem que ser enviada por via aérea devido ao mal estado das estradas, o que encarece e dificulta muito o transporte. A Unicef, agência das Nações Unidas para a infância, estima que 33% dos desabrigados são crianças. A Indonésia reivindicou ajuda internacional para as vítimas do terremoto. "Necessitamos ajuda dos países estrangeiros para que mandem trabalhadores de resgate qualificados e com equipamento moderno", explicou a ministra da Saúde indonésia. Os governos da Austrália, Coreia do Sul e Japão, entre outros, devem enviar ao lugar a pessoal especialista em situações de emergência.Fonte: Estadão
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