Ano novo começa com transporte, IPTU, smartphone e escolas custando mais caro

Por R7 03/01/2016 10h57
Ano novo começa com transporte, IPTU, smartphone e escolas custando mais caro

Os brasileiros mal terminaram o feriadão de Ano-Novo e já começam a se deparar com gastos extras em 2016. Vai ficar mais caro se locomover, morar e estudar neste ano que começa. Sem contar as altas de preços acumuladas — oíndice oficial da inflação (IPCA) deve ser de 10,8% em 2015.

Pagando mais caro por praticamente tudo, a população vai se deparar com um aumento de IPTU entre 9% e 10% em diversas cidades. As instituições de ensino particulares também vão reajustar as mensalidades de 10% a 15%.

Mais de dez grandes municípios já anunciaram aumentos das tarifas do transporte público. Em alguns deles, o novo valor já está em vigor.

No primeiro dia do ano, o governo federal publicou um aumento de impostos para produtos eletrônicos e bebidas quentes, como vinho, uísque e vodca. Ainda tem os preços influenciados pelo dólar, que subiu quase 50%.

Transporte público

Rio de Janeiro e Salvador já começaram 2016 com tarifas de ônibus mais caras. Na capital fluminense, os usuários pagam R$ 0,40 a mais (R$ 3,80). Os passageiros em Salvador vão ter que desembolsar R$ 3,30 — antes era R$ 3. O metrô também foi reajustado para o mesmo patamar dos ônibus.

Ainda no Rio, a passagem das barcas vai de R$ 5 para R$ 5,60 a partir de 12 de fevereiro. A tarifa dos trens vai subir para R$ 3,70, em 2 de fevereiro.

Os táxis também estão mais caros no Rio de Janeiro. A bandeirada subiu de R$ 5,20 para R$ 5,40 e o quilômetro rodado custa R$ 2,30.

Em Boa Vista (RR), as tarifas de ônibus tiveram reajuste de 10,7%, no dia 1º. Belo Horizonte (MG) e Florianópolis (SC) terão reajustes de 8,45% e 11,94%, respectivamente, a partir deste domingo (3).

Em São Paulo, as passagens de trens, metrô e de ônibus vão ficar 8,57% mais caras, passando de R$ 3,50 para R$ 3,80, no dia 9. A tarifa de integração (ônibus + metrô/trem) vai de R$ 5,45 para R$ 5,92.

Moradia

Quem paga aluguel já sabe que a cada 12 meses vai ter que separar um dinheiro a mais por causa do aumento. O IGP-M, índice de inflação que reajusta a maioria dos contratos, acumulava alta de 10,69% em novembro — os dados de dezembro ainda não foram divulgados. Com isso, já é possível saber que vai custar mais para morar em 2016.

O IPTU também vai ficar mais caro em boa parte das cidades brasileiras. Os carnês que chegam às casas dos paulistanos estão sendo enviados com aumento de 9,5%. Em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro, a alta vai ser de 10,71%.

A alta do IPTU em Porto Alegre será de 10,48%. Em Salvador e no Recife, o imposto foi reajustado em 10% e 9,93%, respectivamente.

Educação

 

As instituições de ensino particulares já vão cobrar mais caras as matrículas e mensalidades a partir deste mês. Em quase todo o País, os reajustes vão ficar entre 10% e 15%.

O Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo) justifica que 44% do valor das mensalidades é imposto. A recomendação da entidade é para que as pessoas tentem negociar, caso o reajuste não caiba no bolso.

Além disso, quem tem filho pequeno vai precisar se preparar para outra despesa: o material escolar. Segundo a ABFIAE (Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares), os preços desses produtos estão, em média, 10% mais altos do que em 2015.

A orientação para os pais é que pesquisem antes e optem por itens mais simples, muitas vezes contrariando o desejo das crianças. Não deixar os filhos escolherem tudo nessas horas pode significar economia.

Eletrônicos

Além da problemática envolvendo a variação do dólar, os aparelhos eletrônicos também tendem a começar 2016 mais caros com a proposta aprovada já no primeiro dia do ano que suspende a isenção do PIS/Pasep e da Cofins(Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para computadores, smartphones, notebooks, tablets, modens e roteadores.

O estímulo aos fabricantes de eletrônicos estava em vigor desde 2005, em função do Programa de Inclusão Digital, que foi criado para ampliar a produção nacional de equipamentos de informática.

Bebidas

A publicação que acabou com a isenção concedida aos produtos eletrônicos por dez anos também aumentou a incidência do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre bebidas quentes, como vinho e destilados.

Sendo assim, a partir de agora será cobrado um valor percentual sobre o preço de uísque, vinho, vodca e cachaça já na saída da indústria. As alíquotas vão variar de 10% a 30%, dependendo do tipo de bebida. Esses repasses tendem a chegar em breve ao bolso dos consumidores.

Dólar

A valorização de 48,49% registrada pela moeda norte-americana em relação ao real no ano passado foi a maior registrada nos últimos 13 anos. Essa disparada da divisa não afeta somente o bolso dos brasileiros com planos de viajar para o exterior, já que muitos produtos utilizados pela população têm seus preços relacionados com a variação cambial.

Entre os itens presentes diariamente na mesa da população, até mesmo o popular pãozinho sofre impacto direto da alta da moeda norte-americana. Isso acontece porque o produto é fabricado a partir do trigo, que tem seu valor taxado em dólar.

Ainda na linha dos alimentos, tendem a ficar mais caros todos aqueles mantimentos de origem importada, tais como vinhos, azeites, massas e até mesmo alguns peixes com origem no exterior, com o bacalhau.

Há ainda a influência do dólar no preço de equipamentos eletrônicos, como tablets, smartphones, computadores e televisores. A alta acontece porque esses produtos têm componentes importados na maior parte da sua composição.

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