Jovens são os que menos aderem à vacina contra a gripe suína

30/09/2015 20h00
Jovens são os que menos aderem à vacina contra a gripe suína
A8SE

Entre os jovens de 20 e 29 anos, 41% já foram vacinados contra a gripe A (H1N1), popularmente conhecida como suína. Esse é o grupo com a menor adesão dentre aqueles escolhidos para a campanha de vacinação do governo. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (19), quando começa a última semana de vacinação para esses grupos.

No ano passado, o maior índice de mortalidade pela gripe ocorreu entre jovens desta faixa etária, duas a cada dez pessoas.

Assim como os jovens, a vacinação das grávidas, com adesão de 54%, e de pessoas com doenças crônicas, com 56%, também preocupam a pasta, já que a meta do governo é atingir 80% de cada grupo.

O secretário nacional de Vigilância Sanitária, Gerson Penna, alertou para a prevenção contra a nova gripe.
- Os jovens se acham imunes a tudo, mas eles não são. Também precisam se vacinar.

Já as grávidas representam neste ano uma em cada três mortes relacionadas à nova gripe, além de corresponderem a mais de 20% dos casos graves.

- A gripe matou mais de 2.000 brasileiros e temos agora uma vacina eficaz. Estamos fazendo a nossa parte e cada um precisa fazer a sua e tomar a vacina.

Até as 9h desta segunda-feira, 28,3 milhões de pessoas haviam se imunizado contra a doença, o que representa 47,5% do total pretendido pela campanha. Apenas duas metas da campanha foram atingidas até agora: todos os trabalhadores de saúde do país já foram vacinados e em torno de 86% das crianças entre seis meses e dois anos.

Justificativas

Segundo o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, esses três grupos nunca foram alvo de campanhas de saúde, o que poderia justificar a baixa adesão à vacinação. Além disso, o diretor negou que a população tenha receio de tomar a vacina.

- O medo não é um aspecto importante. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostrou que as pessoas compreendem a necessidade de vacinação.

Hage explicou que dificuldades de acesso, como na região amazônica, e problemas nos serviços locais de saúde também podem explicar a adesão reduzida.

- São diversos fatores que devem ser analisados em cada Estado e município.

Fonte: R7

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