Campanha 'Janeiro Roxo' alerta sobre a hanseníase
Em 2016, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) notificou 289 novos casos de hanseníase em Sergipe, sendo que 21 deles foram relacionados a menores de 15 anos. Com o intuito de conscientizar a população para a prevenção e o tratamento correto da doença, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Janeiro Roxo”, com ações educativas em todo território brasileiro.
Durante muitos anos, o preconceito e a desinformação colocaram pessoas que contraíam a doença (antigamente chamada de lepra) à margem da sociedade. O médico infectologista da SES, Marco Aurélio Góes, explica que, neste período, as pessoas com hanseníase eram mantidas afastadas do convívio social.
“A hanseníase é uma doença milenar. O nome de lepra ainda é chamado em alguns países. Antes de descobrir que era uma doença infectocontagiosa, ela esteve ligada a muitos estigmas, como uma doença do pecado. As pessoas eram praticamente retiradas dos seus domicílios e ficavam em colônias com outros infectados. Estavam tão à margem da sociedade que acabavam casando entre si e construindo famílias nesse ambiente”, relata.
Só depois de muitos tempo e vários estudos, foi comprovado que a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e não o desenvolve, como esclarece o infectologista da SES, que ressalta ainda que a doença, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae), parasita que ataca a pele, nervos periféricos e pode afetar outros órgãos como o fígado, testículos e olhos, não é, portanto, hereditária.
“Normalmente, os primeiros sintomas da doença é o aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas. Essas manchas aparecem em lugares onde a pessoa não tem suor, porque a doença mexe com as glândulas sebáceas. Na maioria das vezes, a pessoa sente dormência no local ou coceira constante”, enfatiza Marco Aurélio Góes.
Tratamento
A gerente do Núcleo de Doenças Transmissíveis da SES, Mércia Feitosa, explica que o tratamento da hanseníase é por via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos, sendo denominado de poliquimioterapia. “É importante também que as mães vacinem seus filhos com a BCG nos primeiros meses de vida. Se a pessoa contraiu a doença, é importante que os familiares tomem a segunda dose da BCG”, alerta a gerente.
Ela explica que aproximadamente 95% dos parasitas são eliminados na primeira dose do tratamento, já sendo incapaz de transmiti-los a outras pessoas. Por isso, é fundamental fazer o tratamento corretamente, que é gratuito e fornecido pelo Ministério da Saúde para todos os Estados.
“A adesão ao tratamento garantirá a cura da doença e a prevenção de complicações pertinentes”, relata Mércia Feitosa.
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