Polícia Civil elucida latrocínio que vitimou proprietária de restaurante e agente de polícia na Praia do Abaís

Por Com informações do Dr. Hugo Leonardo Melo 16/01/2017 08h46
Polícia Civil elucida latrocínio que vitimou proprietária de restaurante e agente de polícia na Praia do Abaís
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Dr. Hugo Leonardo Melo. Foto: Arquivo

O Delegado de Polícia Judiciária, Dr. Hugo Leonardo Melo, divulgou nesta segunda-feira (16) detalhes sobre a elucidação dos crimes que vitimaram  a proprietária de restaurante e o policial civil, na Praia do Abaís, no último dia 8 de janeiro. De acordo com informações passadas pelo delegado, os crimes aconteceram por volta das 19h quando homens armados invadiram o restaurante Lagoa Azul, situado na Reta do Abaís, município de Estância/SE. Dois homens renderam o policial civil José Fernando Vieira Dias e a proprietária do estabelecimento, a Sra. MARIA José Silva de Freitas, que conversavam em uma mesa. Um terceiro agressor entrou no estabelecimento, onde submeteu o marido de Maria, o sr. Adauto da Conceição Caetano da Silva, que fechava o local para irem embora.

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Ainda segundo relato do Dr. Hugo Leonardo, diante da agressão, o policial sacou sua arma e disparou contra os criminosos, atingindo um deles no abdome e no braço. Se iniciou uma troca de tiros e Fernando  foi atingido, vindo a cair no chão. Um dos facínoras subtraiu a arma do agente caído e outro deles atirou contra Maria José, fugindo em seguida. Diante do roubo frustrado, os três criminosos correram em direção à pista, onde havia um automóvel que os aguardava, dirigido pelo quarto comparsa.

Compareceram à cena do crime agentes e delegados do COPE, Delegacia Regional de Estância, COPCI e GERB. Colegas de trabalho do policial Fernando vieram da Delegacia de Umbaúba e se dispuseram a ajudar nas investigações, que começaram de pronto e se estenderam durante a semana.

A perícia foi acionada e realizou coleta de evidências. "Não obstante, a delegada Clarissa Lobo e o agente Marco Túlio retornaram na manhã seguinte ao local, onde constataram manchas de sangue do criminoso atingido e apreenderam um par de sandálias abandonado por ele", disse o delegado.

Ainda na noite do fato, descobriu-se que um jovem havia dado entrada no HUSE (Hospital de Urgências de Sergipe) vítima de ferimento por arma de fogo apenas duas horas após o fato, o que levantou suspeitas. "A delegada Clarissa, juntamente com agentes do COPE coordenados pelo delegado André David, fizeram a primeira entrevista, com o rapaz ferido, identificado como DAVID dos Anjos Reis, de 21 anos. Em princípio, ele alegou ter sido vítima de tiros após reagir a um assalto na porta de sua casa, no Bairro Santa Maria. Constatou-se através do CIOSP e da equipe da 9ª DM que não houve registro de tal ocorrência. David estava mentindo", conta Dr. Hugo Leonardo Melo .

A perícia da Polícia Federal foi solicitada pela Delegada Clarissa e realizou a coleta do sangue do criminoso atingido no local do crime. Em seguida, foram ao HUSE, onde DAVID consentiu em fornecer material genético para a comparação. Mesmo assim, o delegado Allan Faustino colheu o depoimento da mãe de David, que confirmou ser dele o par de sandálias encontrado no restaurante.

O delegado Allan retornou ao HUSE, onde confrontou David com as novas evidências que, sem alternativas, confessou o crime. Em sua confissão ao delegado, David disse que foi chamado para realizar o roubo por um “coroa” de apelido Galego, morador do Bairro Santa Maria. Este Galego pegou os outros dois criminosos no Mosqueiro com seu veículo Fiat Uno, de cor verde escura, e todos foram para o Abaís. Apenas os dois indivíduos do Mosqueiro estavam armados e sua função seria colher o dinheiro e objetos a serem subtraídos. Tudo deu errado assim que foi atingido pelos disparos de FERNANDO. Sangrando, DAVID correu, deixando para trás o rastro de sangue e seu par de sandálias. Segundo ele, foram os dois homens do Mosqueiro que atiraram contra o policial FERNANDO, por ter reagido ao assalto, e MARIA, pois a vítima gritava amedrontada.

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Com este interrogatório em mãos e diante das evidências, o delegado Hugo Leonardo representou no sentido da prisão de todos os quatro criminosos, por seus apelidos e características físicas. O pedido foi deferido pelo Poder Judiciário e se iniciou a busca pelos agressores. O agente José Geraldo obteve informações que um indivíduo de apelido PAIAIÁ, residente no Mosqueiro, estaria oferecendo uma pistola à venda pelo valor de R$5.000,00. Suas características físicas batiam com as mesmas fornecidas por DAVID, assim como a de seu sobrinho adolescente de 17 anos, que seria o seu parceiro no crime.

"Com as ordens judiciais em mãos, os suspeitos foram presos na madrugada do último sábado, dia 14. O primeiro a ser detido foi o Galeg, identificado como o ex-presidiário José Damião dos Santos. Em seu interrogatório, Galego confessou o crime e confirmou a participação de Paiaiá e seu sobrinho, inclusive reconhecendo-os por fotos. PAIAIÁ foi identificado como Emídio Tiago dos Santos Vidal, ex-presidiário acusado de roubos na região das praias de Aruana e Mosqueiro", informou Dr. Hugo Leonardo.

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O delegados André David, Hugo Leonardo e agentes do COPE seguiram para a casa onde Paiaiá estaria escondido, na zona rural de Itaporanga D’ajuda. Ao cercarem a residência, o criminoso saiu atirando em direção aos policiais, atingindo o pneu e a porta da viatura. Não obstante, foi alvejado e socorrido, vindo a óbito ao chegar no HUSE. Ele estava de posse de uma moto roubada e da pistola calibre ponto 40 do policial Fernando, arma que utilizou para atirar contra a equipe do COPE.

Em seguida o mesmo grupamento rumou para a casa do adolescente de 17 anos, onde ele respondeu a chegada dos policiais a tiros. A resposta foi imediata, sendo o agressor atingido e levado ao HUSE, onde evoluiu óbito. Em seu poder, além do revólver usado contra a polícia, foram apreendidos dois tabletes de maconha prensada.

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Facilitaram as investigações a coordenação pelo COPE, comandado pelo delegado João Eloy, e pela COPCI, comandada pelo delegado Fábio Pereira, que dispuseram policiais e delegados que, mesmo de folga, laboraram para alcançar o resultado final.

Dessa forma, a Polícia Civil considera o caso foi totalmente elucidado, com a prisão e a morte em confronto dos quatro criminosos, e a recuperação da arma do agente de polícia conhecido carinhosamente como Seu Fernando.

 

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