PF e PRF combatem roubo de carga com operação Canto da Sereia
A Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal deagraram nesta sexta-feira (9) a Operação “Canto da Sereia” com o objetivo de reprimir crimes de desvio e receptação de carga realizados por organização criminosa em estados do nordeste brasileiro. O prejuízo com a subtração dessas mercadorias pode ultrapassar a cifra de R$ 15 milhões.
Mais de 300 policiais das duas instituições federais estão cumprindo 84 ordens judiciais expedidas pela justiça estadual de Sergipe, sendo 28 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de prisão temporária e 49 mandados de busca e apreensão em cidades dos estados de Sergipe, Bahia, Alagoas, São Paulo, Mato Grosso e Goiás.
Desde a execução da Operação Subida da Torre (ação conjunta PF e PRF em dezembro de 2015) a conduta das quadrilhas que agiam na região sofreu modicações. Detectou-se que, apesar da diminuída prática de roubos reprimida pelas ações e policiamento ostensivo, vários desvios de cargas aconteceram no período nas BRs 101, 116 e 316 nas divisas entre os estados de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco.
A ação do bando consistia em aliciar motoristas para que entregassem cargas de interesse da quadrilha e, em muitas vezes, a negociação era proposta pelo próprio motorista da carga, que oferecia a mercadoria aos aliciadores. Após a negociação o motorista registrava ocorrência policial como roubo em outro estado, para dissimular e dicultar a investigação policial. A quadrilha movimentava estrutura de logística para transbordar, transportar, esconder e negociar a carga roubada junto à uma rede de receptadores, que compravam as mercadorias provenientes dos crimes para revender em seus estabelecimentos comerciais.
Em Sergipe os mandados judiciais então sendo cumpridos nas de cidades de Aracaju, Cristinápolis, Itabaianinha, Umbaúba, Boquim, Nossa Senhora do Socorro, Estância e Tobias Barreto. Nos demais estados as localidades são: Euclides da Cunha e Caldas do Jorro, na Bahia, Porto Calvo em Alagoas, Taubaté em São Paulo, Rondonópolis em Mato Grosso e Aparecida de Goiânia em Goiás.
Os presos nas cidades sergipanas serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal em Sergipe e, posteriormente, encaminhados ao Presídio Estadual COPECAM. Os demais permaneceram no complexo prisional do respectivo estado. Os autores, nas medidas de suas participações, responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude à licitação, advocacia administrativa, falsa comunicação de crime e de organização criminosa. As penas culminadas podem superar 700 anos de prisão.
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