Greve dos servidores aumenta o número de atendimentos no Hospital de Urgência de Sergipe

Por Secretaria de Estado da Saúde 20/10/2016 16h24
Greve dos servidores aumenta o número de atendimentos no Hospital de Urgência de Sergipe
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A paralisação dos serviços básicos em 44 postos de saúde da Rede Municipal de Aracaju (com apenas 30% do efetivo em atividade) continua refletindo negativamente no cotidiano do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), que é referência Estadual no atendimento de urgência e emergência de média e alta complexidades e trauma.  Entre os dias 17 e 20 de outubro, segundo dados Sistema Integrado de Informatização de Ambiente Hospitalar (Hospub), o Huse acolheu o total de 1.306 pacientes, sendo que 1.118 foram considerados de baixa complexidade.

Somente nesta quinta-feira, 20, até o início da tarde, o Huse totalizou 513 atendimentos, sendo 436 de baixa complexidade no Pronto Socorro, segundo o Hospub. Ou seja, 85% dos usuários deveriam receber assistência nos Postos de Saúde.

Os casos mais comuns que chegaram ao Pronto Socorro foram: 18 pessoas com dor abdominal, 11 com dor de cabeça, 8 com dor de garganta, 2 com diabete descompensada, 13 com dor de ouvido, 5 de cansaço, além de casos de diarreia, alergia, pé diabético e vômitos. Ainda nesta quarta-feira, Huse recebeu pacientes dos bairros 17 de Março, Bugio, 18 do Forte, Augusto Franco, José Conrado de Araújo, Lamarão, Luzia, Olaria, Palestina e Veneza.

A aposentada Terezinha Santos reside no conjunto Augusto Franco, zona Sul da capital, e, por residir próximo a Unidade de Pronto Atendimento Fernando Franco, buscou assistência para a filha que estava com dores na barriga.

“Ao chegar lá, a assistência foi negada e fui informada que era pela falta de profissionais. Então, resolvi trazer minha filha ao Huse porque ela estava sofrendo por muitos dias. Aqui, sim, ela foi atendida, medicada e já está sendo liberada pelos médicos”, relatou.

Para o diretor clínico do Huse, Marcos Kruger, a chegada dos pacientes por demanda espontânea, sem apresentar qualquer tipo de complexidade ou sem ser referenciado por outra unidade hospitalar, também tem provocado a sobrecarga no Huse, o que compromete todo o planejamento.

“A tendência é esse número aumente ainda mais já que, há dias, os pacientes chegam ao Huse relatando não obter assistência pela atenção primária”, reforça Marcos Kruger.

Mesmo sendo referência em alta e média complexidades, o Huse é considerado ‘porta aberta’, como estabelece o Ministério da Saúde. Como forma de manter o dinamismo do atendimento e assegurar o bem estar do paciente nesse período de superlotação, o Huse irá priorizar os casos de maior gravidade.

“Com a superlotação, os níveis de demanda do Huse estão ficando críticos por conta da grande procura da população por atendimento. Isso gera demora na primeira assistência, estresse da equipe multidisciplinar e insatisfação dos usuários do SUS”, finalizou a diretora Operacional da Fundação Hospitalar da Saúde (FHS), Jurema Viana.

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